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Pinese define os danos como a "soma de todos os eventos". "Houve muita chuva, com aquífero freático cheio, chegando na margem dos 8 metros. Isso satura o solo e provoca o colapso. Se o terreno é plano, abaixa. Se inclinado, anda. É o que chamamos de fluxo de massas", detalha.
Contudo, o especialista admite que um abalo sísmico na rocha pode acelerar o processo de colapso do solo. "Qualquer fluxo de massa pode ser intensificado ou potencializado por um tremor. Como uma calota de gelo em montanha. Com o tempo ela pode despencar, em uma avalanche, mas um tremor acelera esse processo", exemplifica. "Na nossa região, porém, os colapsos ocorrem sem tremores. E não existem vários colapsos seguidos. É preciso que o solo saia da condição de excesso de água para entrar em colapso de novo. Demora."
Se por um lado a terra roxa é vulnerável a colapsos, por outro apresenta maior resistência aos deslizamentos. "A nossa sorte é que o nosso solo é argiloso. Então a velocidade de deslocamento dessas massas é pequena. Se fosse um solo arenoso, tipo o Arenito Caiuá, do Noroeste, por exemplo, nós estávamos com uma voçoroca imensa dentro da cidade. Nosso solo entra em colapso, mas não entra em liquefação (transição repentina do estado sólido para o líquido), graças à textura de materiais argilosos", enfatiza.
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