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segunda-feira, 17 de março de 2014

DOLEIRO COM RESIDÊNCIA FIXA EM LONDRINA É PRESO EM OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL

O doleiro Alberto Youssef foi preso nesta segunda-feira (17) em São Luís (MA). O empresário de Londrina é suspeito de liderar uma organização criminosa responsável por lavagem de dinheiro. Os bens dele, entre eles o Hotel Blue Tree, no centro da cidade, foram sequestrados pela Justiça. 

Divulgação / PF


Youssef foi detido na Operação Lava-Jato, deflagrada hoje pela Polícia Federal. A operação contou com a participação de aproximadamente 400 policiais federais, que deram cumprimento a 81 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de prisão preventiva, 10 mandados de prisão temporária e 19 mandados de condução coercitiva. Foram cumpridas também ordens de sequestro de imóveis de alto padrão, além da apreensão de patrimônio adquirido por meio de práticas criminosas, e bloqueio de dezenas de contas e aplicações bancárias. 

Divulgação / PF


Segundo a PF, os quatro grupos investigados registraram comunicações de operações financeiras atípicas num montante que supera os R$ 10 bilhões. Os presos são alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil. Eles são responsáveis pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas com crimes como o tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas, desvios de recursos públicos, dentre outros. 

Divulgação / PF


Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal no Estado do Paraná. As buscas foram feitas em em 17 cidades: Curitiba, São José dos Pinhais, Londrina, Foz do Iguaçu, São Paulo, Mairiporã (SP), Votuporanga (SP), Vinhedo (SP), Assis (SP), Indaiatuba (SP), Brasília, Águas Claras (DF), Taguatinga Norte (DF), Porto Alegre, Balneário Camboriú (SC), Rio de Janeiro e Cuiabá. 

Divulgação / PF


A PF deve divulgar detalhes sobre a operação durante o tarde. 

Doleiro de Londrina 

Alberto Youssef já foi preso outras vezes acusado de envolvimento em vários crimes, entre eles o de ser responsável por dezenas de contas fantasmas para enviar dinheiro de origem ilícita para fora do país. O doleiro foi investigado por intermediar esquemas de corrupção nas prefeituras de Londrina e Maringá, de 1996 a 1999, e sonegação, nesse mesmo período, de cerca de R$ 118 milhões em impostos por intermédio de sua empresa. Ele também foi alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado. 

O empresário tem residência fixa em Londrina. bonde.com

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