Marlene Pereira era ministra da Eucaristia há 14 anos Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo
Luã Marinatto
A ministra de eucaristia da Paróquia Bom Jesus da Penha, na Zona Norte do Rio, Marlene Pereira de Oliveira, de 51 anos, morta na madrugada deste domingo a facadas, em sua casa, também na Penha, é lembrada por amigos como uma mulher "muito religiosa". O apartamento onde ela morava, na Avenida Nossa Senhora da Penha, foi invadido e Marlene levou pelo menos 18 facadas, teve as pernas machucadas por pregos colocados num pedaço de madeira e o corpo incendiado.
Marlene foi encontrada com diversas facadas e as pernas queimadas. Foto: Reprodução/Facebook
Frequentadora da Paróquia há mais de 20 anos, Marlene era ministra da Eucaristia há 14. Amigo da cuidadora de idosos há anos, o padre José Everaldo Germano, de 56 anos, disse que ainda não consegue entender o que teria motivado o crime.
- A nossa reação foi de espanto, de impotência, de susto. Quando a violência que que tanto vemos na TV e nos jornais bate na nossa porta é diferente. Estamos anestesiados, de certa forma - disse.
Ministra da paróquia Bom Jesus da Penha é assassinada com vários golpes de faca Foto: Foto Domingos / Agência o Globo
Marlene foi assassinada em casa, na Penha Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo
O apartamento da religiosa ficava na entrada de uma das comunidades do Complexo da Penha. Marlene, inclusive, já foi moradora da Vila Cruzeiro. O imóvel ficou carbonizado e totalmente destruído. Os documentos da religiosa foram queimados junto ao corpo dela. Há marcas do fogo nas paredes e a cama foi completamente incendiada.
Pertences da religiosa foram incendiados Foto: Domingos / Agência o Globo
A Paróquia que frequentava mantém seis templos em comunidades do complexo de favelas. De acordo com amigos, Marlene frequentava todas. Ainda segundo relato de frequentadores do local, era comum ouvir o barulho de troca de tiros durante as celebrações.
Ministra da paróquia Bom Jesus da Penha foi assassinada com vários golpes de faca Foto: Domingos / Agência o Globo
Para o pároco José Everaldo, Marlene não aparentava ter inimigos. Na igrejam todos a descrevem como uma mulher "muito religiosa, solidária e alegre".
- Ela era uma evangelizadora em várias dimensões, uma mulher do bem. A família dela era a igreja, nós eramos uma extensão da casa dela - contou.
De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios segue investigando o caso. agglobo.
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