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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

POLÍCIA INDICIA FALSOS GANHADORES DA MEGA SENA NO PARANÁ


Os dois apostadores que denunciaram furto do bilhetepremiado da Mega da Virada em Curitiba serão indiciados por denúncia caluniosa e falsa comunicação de crime. A Polícia Civil concluiu que nenhum dos dois é o verdadeiro dono da aposta após analisar as imagens das câmeras de segurança da lotérica em que foi realizada a aposta. O verdadeiro dono fez a aposta no dia 30 de dezembro e ficou comprovado que não houve furto. 

Depois que o resultado da Mega da Virada foi divulgado no dia 31 de dezembro de 2013, dois homens foram até a Polícia Civil e comunicaram que eram donos do bilhete premiado e que o bilhete havia sido furtado em um lava car de Curitiba. Um deles, no dia 1° de janeiro deste ano, registrou Boletim de Ocorrências no Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (CIAC) e informou que o bilhete havia sido colocado dentro de um carro e o furto ocorreu quando a irmã levou o veículo para lavar durante o feriado de Natal. 

O outro homem informou, dias depois, que a o primeiro denunciante havia se "apropriado" da história e que ele era, de fato, o apostador que teve o bilhete levado, no mesmo lava car. Neste caso, o denunciante não fez BO na Polícia Civil, mas a denúncia chegou até as autoridades por meio do advogado do homem.

O delegado Rodrigo Souza, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) de Curitiba, informou que a Polícia concluiu as investigações após confrontar datas e horários em que os dois denunciantes disseram ter feito a aposta supostamente premiada com o verdadeiro vencedor da Mega da Virada. 

As imagens das câmeras da Caixa Econômica Federal revelaram que nenhum dos denunciantes havia realizado a aposta no mesmo horário e dia em que o verdadeiro vencedor foi até a casa lotérica realizar a aposta. "Pude confrontar os dois que procuraram a polícia. Não bate o horário que eles falaram com aquele que fez a aposta", diz o delegado.

Souza não sabe dizer se houve má  por parte dos denunciantes, mas acredita que o que aconteceu seria uma coincidência, em virtude de os apostadores terem ficado possivelmente nervosos com a possibilidade de furto do bilhete premiado. Um deles, conta o delegado, tinha onze bilhetes e, em cada um deles, havia acertado ao menos dois números. "Ele acertou todos os números, mas em bilhetes diferentes. Agora a gente vai verificar se houve realmente o dolo ou se foi uma sequência de coincidências". 

Caso sejam condenados por falsa comunicação de crime, podem ser presos por até seis meses ou ter que pagar multa. A pena para quem faz denúncia caluniosa é de dois a oito anos de detenção. bonde.com

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