.

.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

LONDRINA - PROTESTO CONTRA TARIFA TERMINA EM CONFUSÃO

Fotos: Ricardo Chicarelli Coletivos foram pichados pelos manifestantes Grupo percorreu ruas do centro e impediu trânsito perto do terminal Londrina – Uma manifestação contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em Londrina realizada no início da noite de ontem resultou em agressão e depredação do terminal e do ônibus. Um grupo formado por cerca de 120 manifestantes se reuniu em frente ao Teatro Ouro Verde por volta das 18 horas e passou a caminhar gritando palavras de ordem, clamando pela redução da tarifa de ônibus, que recentemente subiu de R$ 2,30 para R$ 2,65. O protesto começou de forma pacífica e circulou pelo Calçadão e pelas ruas Hugo Cabral e Benjamin Constant. Na sequência, o grupo ocupou o Terminal Urbano pacificamente, deixando o local pela Avenida São Paulo logo depois. Foi neste momento que a manifestação se polarizou em dois grupos. Um deles forçou uma porta de aço da entrada da Avenida São Paulo e tentou ocupar o terminal pulando as catracas, mas foi impedido pelos seguranças. Esse mesmo grupo passou a pichar as paredes do terminal. O outro grupo, mais pacífico, pedia para o grupo ficar unido e não agredir os passageiros. "Eles são trabalhadores como nós", gritava Maíra Vieira. Parte dos manifestantes impediu o tráfego na Avenida Leste-Oeste. Conforme o tempo ia passando, a revolta dos passageiros, que estavam impedidos de deixar o terminal, aumentava. A governanta Rosemary Kronabauel, de 43 anos, chegou a entrar no coletivo, mas o veículo não conseguiu sair do terminal. "Fiquei 40 minutos esperando dentro do ônibus. Se eles quiserem protestar, que protestem, mas a gente não tem nada com isso. Estou cansada, quero ir para casa", reclamava. O repositor Aparecido de Andrade, de 40 anos, quase foi linchado porque queria que os manifestantes liberassem os ônibus. "Não sou contra a manifestação e sou contra o aumento da tarifa de ônibus, mas a maneira como eles estão protestando está errada", criticou. Um dos manifestantes, o estudante de biblioteconomia Vinícius Bueno, de 30 anos, foi atingido por uma laranja arremessada por um funcionário de uma empresa de ônibus. Pouco depois, um cobrador foi atingido na nuca por uma pedra. Do lado de fora, a central de mototáxi comemorava o movimento gerado pelos protestos. A irmã do proprietário da Central de Mototáxi Líder, Leiza Venezian, de 37 anos, relatou que o movimento do estabelecimento aumentou 100% com as manifestações. "Para mim está muito bom. Não tenho do que reclamar", disse. Um adolescente foi apreendido e um maior preso por picharem um coletivo. Havia um grupo que insistia em repreender quem tentava furar o bloqueio das pistas da Avenida Leste-Oeste, mesmo quando havia crianças a bordo do veículo. A Polícia Militar (PM) acompanhou o protesto a distância, apenas fechando o fluxo de algumas vias para desviar o trânsito. Quando escureceu, o grupo que insistia no protesto acendeu duas fogueiras na Avenida São Paulo, esquina com a Leste-Oeste. Três ônibus tiveram seus vidros quebrados pelos manifestantes. Um número reduzido de participantes da manifestação, que seguia concentrado ao lado do Terminal Urbano por volta das 22 horas, dispersou-se com a chegada das equipes do Pelotão de Choque da Polícia Militar, que não precisou intervir para controlar o protesto. FONTE - FOLHA DE LONDRINA

Nenhum comentário:

Postar um comentário