Luiz Guilherme Bannwart
Reis foi apresentado à imprensa na manhã de ontem, 14.
Willian Cruz, 26, morador em Jundiaí do Sul, foi apresentado na manhã de ontem (14), pelo delegado Tristão Borborema de Carvalho, na 38ª Delegacia Regional de Polícia, em Santo Antônio da Platina.
Cruz é réu confesso no assassinato de Érica Gabriela da Silva Costa, 23, ocorrido na madrugada do dia 22 de dezembro, em Jundiaí do Sul. O corpo da jovem foi encontrado dez dias após o crime, em avançado estado de decomposição em uma plantação de soja. Conforme o delegado, o homem manteve relações sexuais com a vítima e em seguida a matou dentro do próprio carro, porque teria sido agredido por ela com um facão de sua propriedade que estava no banco de trás do veículo.
O acusado é pedreiro, amigo dos irmãos da vítima e possui passagens pela polícia por estupro de vulnerável, furto, roubo, ameaça e desacato.
Tristão de Carvalho disse que as investigações foram complexas e atribuiu o desfecho do caso aos investigadores Carlos Venâncio, Jamil Pereira de Barros, José Shishido e a escrivã Valquíria Pinheiro dos Reis, que segundo ele, “trabalharam interruptamente para esclarecer o caso que comoveu a população do Norte Pioneiro”.
Na noitedo crime, segundo as investigações, Érica foi vista na companhia de um casal no centro da cidade e posteriormente conversando com um rapaz, que momentos depois, durante a madrugada foi visto por testemunhas discutindo com a vítima na área central da cidade. Em seguida, ainda de acordo com os depoimentos colhidos pela polícia, Érica teria ido até a casa do mesmo rapaz, de família tradicional na cidade, onde ficou até por volta das 4 horas da madrugada.
Depois de deixar a residência onde passou parte da madrugada,Érica retornava para casa a pé, quando foi abordada por Willian Cruz, que estava de carro e ofereceu carona para a moça. Durante o trajeto o casal acabou se beijando, e, segundo o acusado, Érica teria proposto a ele que tivessem relação sexual. Cruz então teria ido até a entrada do bairro Matida, próximo a um dos trevos de acesso ao município, onde teria parado o veículo, um Fiat 147, e dentro mantiveram relações.
Após o ato, ainda segundo o acusado, Érica- em estado de embriaguez ou de uso de entorpecente - teria pegado um facão do acusado que estava no banco de trás do veículo e desferido um golpe contra Cruz, que se defendeu da agressão e revidou com um soco que atingiu o maxilar da vítima, e em seguida continuou espancando a moça.
Ao perceber que Érica estava morta, Reis carregou o corpo dela até uma plantação de soja onde o abandonou.Em seguida o acusado fugiu levando apenas um aparelho celular da vítima, encontrado pela polícia após sua prisão, jogado em uma mata.
Durante a coletiva à imprensa na manhã de ontem, o delegado Tristão de Carvalho atribuiu os méritos na elucidação do crime aos investigadores de sua equipe, e disse que é um trabalho minucioso, que requer cautela para não incriminar inocentes. “Temos apenas um investigador e uma escrivã de plantão dentro da escala para atender três municípios, e desde que o corpo da vítima foi encontrado estes servidores se dedicaram bravamente, inclusive em suas folgas, para darmos uma resposta rápida e eficiente à sociedade. Eram três linhas de investigação que tínhamos para chegarmos ao suspeito, entre elas,informações sobre o parente de um político do município que esteve com a jovem na madrugada daquele dia, apontado pelas investigações como o principal suspeito. No entanto, após depoimentos e a conclusão de laudos técnicos conseguimos chegar até a peça chave do quebra cabeças”, detalhou o delegado.
“O assassino caiu em contradição. Em seu primeiro depoimento à polícia ele negou qualquer tipo de envolvimento e informou que havia vendido o veículo em que estava com a vítima, visto por testemunhas, havia muito tempo. Entretanto, também em depoimento, o comprador informou que teria adquirido carro havia uma semana”, contou o delegado acrescentando: “ Questionado sobre a contradição, Reis acabou confessando o homicídio”, disse. .
O acusado era conhecido dos irmãos da vítima, com os quais teria trabalhado como pedreiro em uma construtora da região, e já foi preso sob acusação de ter estuprado um aluno da Apae em Jundiaí do Sul.
Willian Reis está preso em uma cadeia da região, não divulgada pela polícia por medida de segurança, mas deve ser transferido para um complexo penitenciário do Estado, onde deverá aguardar o julgamento.tanosite.com
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