O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu, nesta quinta-
feira (20), a segunda denúncia relacionada à 57ª fase da
Operação Lava Jato. A etapa apura o envolvimento de tradings
bilionárias que mantêm negócios com a Petrobras.
Foram denunciadas 12 pessoas por corrupção e lavagem
de dinheiro em 20 operações de trading de óleos combustíveis
e outros derivados entre a empresa Vitol e a Petrobras.
Segundo a denúncia, foi constituído um grande esquema para
praticar crimes em detrimento da Petrobras que favoreceu
trading companies - entre elas, a Vitol.
As investigações apontaram que as operações de compra e
venda de óleos combustíveis e outros derivados entre a estatal
petrolífera e a Vitol envolveram o pagamento de vantagens
indevidas de cerca de US$ 2,85 milhões – mais de R$ 11 milhões.
As evidências apontam que as propinas foram pagas pela Vitol
com o objetivo de obter facilidades, preços mais vantajosos e
operações de trading de óleos combustíveis e derivados de
petróleo com maior frequência.
Segundo o MPF, para receber propina, os denunciados praticaram
crimes para esconder o dinheiro sujo, mediante abertura de
contas offshores no exterior, celebração de contratos de câmbio
com justificativa falsa e conversão da propina em imóveis.
A empresa Vitol disse, à época da deflagração da 57ª fase, que
tem uma política de tolerância zero em relação a suborno e
corrupção e que vai colaborar com as investigações.
As investigações prosseguem em relação a outras trading
companies e seus executivos, bem como sobre a participação
de outros funcionários públicos. G1
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