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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

FISIOTERAPEUTA É PRESO ACUSADO DE ESTUPRO EM LONDRINA

O fisioterapeuta Tadeu Procópio, de 34 anos, foi preso preventivamente na manhã do último dia 20 acusado de crime de estupro em Londrina. Até a noite desta sexta-feira (28), ele permanecia preso na PEL 1 (Penitenciária Estadual de Londrina). O caso está em segredo de justiça, segundo a promotora de Justiça Susana de Lacerda. 

De acordo com Bárbara Stegmann, advogada da vítima, os dois estavam em uma boate da cidade junto com outros amigos, mas nem eles e nem os amigos se conheciam. "A amiga dela foi embora com um amigo dele, ela [vítima] ia chamar um Uber e ele [Tadeu Procópio] ofereceu uma carona. Ela o conhecia de vista e achou que não teria problema. Mas ao invés de seguir para a casa dela, ele desviou o caminho e parou para comprar droga no meio do nada e, em seguida, seguiu para a casa dele", conta a advogada. "Não houve paquera entre eles na boate. Foi apenas uma carona", acrescenta.


Conforme Stegmann, a violência começou quando chegaram à casa do fisioterapeuta e ele não queria emprestar o celular para que ela chamasse um Uber. "O celular dela caiu no meio da boate e quebrou o touch. E durante a violência e o estupro, o celular dela estava tocando, apesar dela não conseguir usá-lo, ele estava recebendo ligações normalmente. E neste momento ele jogou a bolsa dela pra longe para que não pudesse ter acesso ao celular. Na hora de ir embora, após horas de abuso, ela chamou um Uber do celular dele", explica. 

Segundo a advogada, sua cliente foi à Delegacia da Mulher e também ao MP (Ministério Público), além de passar por exames no IML (Instituto Médico-Legal) de Londrina e por atendimento médico. "O MP entendeu que era um caso de pedir a prisão preventiva pela gravidade do caso e também por ter indícios suficientes do crime de estupro. Um juiz decretou o pedido de prisão e ele [Tadeu] foi preso no último dia 20. Em seguida, o investigado entrou com um pedido de soltura, mas um segundo juiz negou e ele continuou preso. Depois, a defesa do investigado impetrou HC [habeas corpus] e um terceiro juiz também negou a liminar e o acusado permaneceu preso." 

Para Stegmann, o caso passou por três juízos diferentes e todos fizeram com que o investigado permanecesse preso. "Há indícios e provas suficientes, como a credibilidade da fala da vítima e pelos laudos do IML, que mostraram que houve sim violência. Os laudos foram feitos por peritos do governo do Estado. Não houve consentimento da vítima em momento algum. Ela não o conhecia", ressalta. "Esse é um dos casos mais graves que já chegou até a mim. Ela está traumatizada e com medo de sair na rua, embora ele esteja preso", pontua. 

DEFESA 

Para o advogado de defesa Josafar Augusto da Silva Guimarães, a acusação é injusta. "Nós impetramos o habeas corpus e estamos esperando que seja julgado. A pessoa estaria bêbada e foi uma relação sexual normal, com consentimento. Não houve violência e os laudos vão mostrar isso também", declara. "A prisão foi cumprida no dia da viagem dele, propositalmente. Em breve vamos provar a inocência dele", aponta. 

Ainda de acordo com Guimarães, o investigado se apresentou à delegacia e indicou testemunhas. Entre elas estão o porteiro do prédio em que ele mora e o motorista de Uber que levou a suposta vítima para sua residência. "O porteiro afirmou que os dois entraram se beijando no elevador e o motorista relatou que ela estava normal no carro quando seguia para sua casa." 

OUTROS CASOS 

Em 2011, o investigado respondeu a outro processo por estupro. Conforme o advogado de defesa, foi uma situação parecida, mas ele foi absolvido na época. A vítima deste caso, que foi mantida anônima pela reportagem, passou por uma situação parecida com o caso recente. O investigado também ofereceu uma carona a ela. "Passei por horas de horror. E na época disseram que eu estava bêbada, mas eu não bebo. Eu estava sóbria. E mesmo assim isso não justificaria. É muito difícil relembrar isso, mas eu espero que a justiça seja realmente feita com as novas vítimas dele. Eu sei exatamente o que elas estavam sentido. Eu peço para que essas mulheres falem, apesar do medo. Nossa voz precisa ser ouvida", relata. 

A reportagem foi procurada por amigas de outras possíveis vítimas do investigado, mas elas ainda não procuraram a Delegacia da Mulher. Fonte:  bonde.com

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