O juiz Fernando Fischer, da 23ª Vara Criminal de Curitiba,
determinou o sequestro de bens de Beto Richa e outras 12
pessoas acusadas na Operação Rádio Patrulha, que investiga
crimes em um porgrama para a recuperação de estradas
rurais no Paraná.
Conforme a decisão, de quarta-feira (3). o confisco deve ser
de até R$ 37.316.406,66, individualmente, com exceção de
Luiz Abi Antoun, primo do ex-governador, que deve pagar até R$ 12.934.859,00.
Os valores são calculados com base em auditoria realizada pelo
Ministério Público nos contratos investigados, "embora não seja
possível precisar, nesta fase processual, o valor total do prejuízo",
explica o juiz.
O sequestro é para assegurar uma eventual reparação mínima,
de acordo com a Justiça. "Nada impede que os valores da
ocasional indenização, quando discutidos definitivamente na
esfera competente, fiquem aquém ou além dos patamares
aqui adotados", pontuou Fischer.
A defesa de Beto Richa diz que ainda não teve acesso à
decisão e, por enquanto, não vai se manifestar.
Rádio Patrulha
A Operação Rádio Patrulha apura crimes no programa do
governo estadual Patrulha do Campo, que faz a manutenção
das estradas rurais, batizada de "Rádio Patrulha".
De acordo com o MP-PR, apura-se o pagamento de propina
a agentes públicos, direcionamento de licitações de empresas,
lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. Beto Richa é
considerado chefe de uma organização criminosa que fraudou
uma licitação de mais de R$ 70 milhões para manutenção de
estradas rurais, em 2011.
A investigação aponta que o esquema criminoso funcionava
a partir do aluguel de máquinas da iniciativa privada.
Os promotores afirmam que o acordo com empresários
beneficiados pela licitação previa o pagamento de 8% a
agentes públicos, a título de propina, sobre o faturamento
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