.

.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

MINISTÉRIO PÚBLICO PEDE PRISÃO DE MARIDO E CUNHADA DA MULHER QUE CAIU DO PRÉDIO EM LONDRINA

O MP (Ministério Público) entrou com pedido de recurso à Justiça para que sejam presos temporariamente Luiz Reis Garcia e Antônia Helena Garcia. O recurso pede a revisão do que foi determinado na audiência de custódia, do último dia 26, referente ao caso de Olga Aparecida dos Santos, morta no domingo (24) após cair de um prédio no centro de Londrina.   O documento, assinado pela promotora Susana Lacerda, reivindica a revogação da liberdade de Antônia Garcia, cunhada da vítima, que, apesar de ter sido presa em flagrante, foi solta na audiência. O pedido da promotora também envolve Luiz Garcia, marido de Olga, que estava em regime de prisão domiciliar. Lacerda solicitou a conversão da prisão do esposo para regime fechado. 

Os outros dois parentes de Garcia que tinham sido presos em flagrante, Amaury e Cleverton Garcia, também foram soltos na audiência e seguem em liberdade

O CASO 

A Polícia Militar foi acionada na tarde de domingo (24) para atender chamado de suposto suicídio em edifício da região central da cidade. No entanto, a suspeita logo passou a ser tratada como possível feminicídio pela Delegacia da Mulher. Santos, 51, foi encontrada morta após vizinhos e a porteira do condomínio presenciarem uma briga entre ela e seu esposo. No momento do fato, estavam presentes os parentes de Garcia, que teriam sido chamados para auxiliar em meio à discussão do casal. Segundo a delegada Geanne Timóteo, o laudo de necropsia da vítima mostrou que ela foi agredida com um objeto cortante antes da queda do quarto andar. 

De início, a Justiça tinha decretado a prisão preventiva de Luiz Garcia. No entanto, a juíza Márcia Guimarães Marques determinou o uso de tornozeleira eletrônica para o esposo da vítima, pelos seus problemas de saúde. Garcia tem 65 anos, dificuldade de locomoção e faz uso de medicamentos continuados. 

Marcelo Gaya, um dos advogados da família Garcia, disse que ainda não teve acesso aos motivos do Ministério Público para o pedido de recurso. "Aguardamos a decisão judicial", disse. Clayton Rodrigues, que representa os filhos da vítima, também aguarda a apresentação das razões do MP e a análise do judiciário. "Estamos buscando esclarecer todos os fatos, investigando cada indício que há e esperamos que a autoria e participação de cada um seja apurada e, se for confirmada, a aplicação da lei", afirmou.  O INQUÉRITO 

Geanne Timóteo solicitou adiamento da conclusão da investigação do caso, prevista para esta terça-feira (3). "É um caso complexo, pedi alguns dias para concluir, dependo de laudos e outras diligências fundamentais", explica. Segundo a delegada, faltam os laudos de criminalística e o toxicológico, que devem ser finalizados durante essa semana. O toxicológico foi feito com a exumação do corpo de Santos na última quarta-feira (27), após suspeita de intoxicação. O corpo já tinha sido sepultado, mas, segundo Timóteo, "é absolutamente normal" que ela fosse enterrada, "tendo em vista as circunstâncias de uma morte violenta, com caixão lacrado". "Para que prorrogar o sepultamento?", disse. 

Timóteo alega que a exumação foi feita para coletar uma mostra de órgão interno e que não tinha sido feita antes porque o perito não imaginou a possibilidade de ingestão medicamentosa. "Ela não foi sepultada rapidamente, ela foi sepultada no dia seguinte", expôs. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário