A advogada criminalista Sandra Becker foi condenada, em julgamento que durou três dias, a 13 anos e 10 meses de prisão pela morte do noivo, Lourival Alves, de 43 anos. O crime aconteceu em janeiro de 2014, quando a vítima foi morta a tiros dentro do carro em que estava, junto com a então companheira, em uma avenida de Maringá, no Norte do estado.
Na época, um suspeito de ser amante dela, o ex-presidiário e cliente Marcílio Aparecido Alves, 28, foi preso pelo crime e confessou ter atirado contra Lourival. Ele afirmou que cometeu o assassinato a mando de Sandra devido aos constantes episódios de violência doméstica dos quais ela era vítima. O rapaz permanece detido.
Apesar da condenação, a defesa considerou uma vitória a diminuição da pena por reconhecimento de que o homicídio se deu por “relevante valor moral”, ou seja, correspondeu a um interesse de grande importância social e foi “aprovado pela moralidade”. “Nesse sentido, o resultado foi alcançado e nós estamos saindo com o sentimento de dever cumprido. Conseguir esse reconhecimento é dizer que no Brasil não há mais espaço para agressores de mulheres. A Sandra foi abusada, violentada, espancada, extorquida e teve a vida destruída por esse malfeitor”, disse o advogado da ré, Cláudio Dalledone, à Banda B neste sábado (28).
A qualificadora da dissimulação, no entanto, não foi retirada da sentença. Esse fator se refere ao fato de que o crime teria sido planejado e a vítima foi acometida de surpresa. Durante o julgamento, Sandra admitiu que ligou para Marcílio na noite do crime devido ao estupro que sofreu, mas negou que pediu para o amante que o noivo fosse morto. Ela reconheceu, no entanto, que tinha consciência de que isso poderia acontecer a qualquer momento diante do sofrimento pelo qual passava.
A transferência do julgamento de Maringá para Curitiba aconteceu para garantir que o processo ocorresse com segurança e imparcialidade, por causa da grande repercussão do crime na cidade. Fonte: rictv
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