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quinta-feira, 26 de abril de 2018

RÉU DA LAVA JATO É SOLTO APÓS GARANTIA DE IMOVEIS E CARROS DE LUXO PARA FIANÇA DE R$ 6.400 MILHÕES

Após apresentação de imóveis e carros de luxo como garantia 
para o pagamento da fiança de R$ 6,4 milhões, Leonardo Guerra, 
que é réu na ação penal da Lava Jato decorrente da 48ª fase 
da operação, foi solto no início da noite desta quarta-feira (25).
A decisão do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da
 Lava Jato na 1ª instância, foi publicada no sistema eletrônico da
 Justiça Federal no fim da tarde desta quarta. O magistrado havia
 estabelecido a fiança quando aceitou a denúncia do Ministério
 Público Federal (MPF), no início de abril.
Guerra era administrador da Rio Tibagi, subsidiária da
 concessionária de rodovias Econorte, e estava preso desde
 irregularidades nas concessões de rodovias federais no Paraná.
Inicialmente, ele ficou preso na sede da Polícia Federal (PF)
 em Londrina, no norte do Paraná. Depois, ele foi transferido 
para a Superintendência da PF em Curitiba.
A defesa de Guerra chegou a pedir a redução do valor da fiança, 
o que foi negado por Moro. Foram apresentados, então, 
imóveis – como apartamentos, imóveis comerciais, terreno
 –, imóveis em nome do pai do réu, e carros de luxo como 
duas BMWs e um Porsche.
Moro considerou que a avaliação provisória dos bens 
apresentados soma R$ 7,1 milhão, acima do valor da fiança, 
de R$ 6,4 milhões, e que foram entregues documentos que
 confirmam a oferta de bens que não pertencem ao acusado.
"A defesa concordou com o reforço em caso de avaliação a 
menor e com a substituição dos bens gravados com ônus fiscal, 
por outros livres e desembaraçados, no prazo de 90 dias, acolho 
o pedido da Defesa e substituo a fiança por caução real
 consistente nos bens móveis e imóveis acima identificados",
diz a decisão.
Entre as medidas cautelares impostas ao réu estão: não mudar
 de endereço sem autorização da Justiça, não entrar em contato
com outros investigados, não deixar o país e entregar o passaporte.
Rodrigo Antunes, responsável pela defesa de Leonardo Guerra, 
informou que o próprio Juízo reconheceu em uma decisão a
 posição.
O advogado disse que a inocência de Guerra vai ser demonstrada
 durante o trâmite do processo.

As investigações

Segundo as investigações, a Rio Tibagi fez depósitos nas 
contas de empresas investigadas e há indícios de que os
 pagamentos visavam beneficiar, sem causa lícita, agentes 
públicos do Departamento de Estradas de Rodagem
 (DER-PR) e da Casa Civil do Paraná.
Guerra era um dos sócios do estabelecimento, do qual a irmã
 dele é proprietária.
"Tal volume de pagamentos não parece ser compatível com
 a aparente pequena dimensão da Floricultura Guerra & Rosa
 que não teve mais do que dois empregados entre 2008 a 2013", 
contestou o Ministério Público Federal (MPF).
Em depoimento, Guerra admitiu ter usado as contas floricultura 
para propósitos pessoais, o que, segundo ele, justifica os valores
 milionários repassados.
 de abril. Entre os réus estão administradores e funcionários da
 concessionária de pedágios Econorte, que integra o grupo 
Triunfo, incluindo Leonardo Guerra, operadores financeiros e 
servidores púbicos.
Eles foram acusados por crimes como organização criminosa,
 estelionato, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e 
corrupção passiva.
G1 entrou em contato com a Triunfo Participações e 
Investimentos, que controla a Econorte, e aguarda retorno.

48ª fase

públicos e empresas investigadas por corrupção, lavagem de 
dinheiro, associação criminosa e peculato.
Conforme o MPF, a fase da operação tenta mostrar as "reais
pedágios. Segundo a investigação, o valor das tarifas foi 
superfaturado para financiar a corrupção. g1

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