Três rapazes acusados de atirar contra Ederson Moreira da Silva, 20 anos, em um bar da rua Professor Joaquim de Matos Barreto, ao lado do Lago Igapó, zona sul de Londrina, viraram réus no processo que corre na 1ª Vara Criminal. A juíza Elisabeth Kather aceitou a denúncia por tentativa de homicídio qualificado na última sexta-feira (27). O crime ocorreu na madrugada do dia 10 de março depois de uma discussão no interior do estabelecimento. A vítima foi atingida por aproximadamente três tiros, mas sobreviveu após ser internado na Santa Casa, onde retirou os projéteis. Dos investigados, João Paulo Antunes havia sido preso no final de março na Operação Égide, deflagrada pela Polícia Civil em Cambé e que deteve mais de 30 pessoas. Ao ser interrogado na Delegacia de Homicídios, ele afirmou que "não conhecia Ederson, muito menos os outros denunciados". Já Juliano Henrique da Silva ficou em silêncio quando convocado na DH. Por possíveis complicações no estado de saúde, ele foi encaminhado ao Complexo Médico Penal de Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), "onde deverá permanecer até o fim de sua recuperação".
O terceiro acusado, Jeverson Oliveira dos Santos, foi o único a fornecer mais detalhes para os investigadores. Ele confessou que estava no bar com "João Paulo. Encontrei com o Juliano lá. Chegamos em um Gol do meu irmão. Ouvi os disparos, mas eu não tenho conhecimento disso daí, de coração mesmo. Se eu soubesse que alguém ia fazer alguma coisa a mais, jamais teria deixado eles entrarem no meu carro. Nunca fui preso na minha vida, minha família é evangélica, sou batizado."
Nove testemunhas ouvidas pela polícia e que estavam no bar confirmaram a briga e a tentativa de homicídio. Depois de deixar o hospital, Ederson Moreira pontuou que foi baleado enquanto esperava um Uber. "Me surpreendi com os disparos. Não consegui ao menos correr para me proteger. Estava sozinho quando tudo aconteceu", concluiu. Rafael Machado - Grupo Folha
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