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sábado, 3 de março de 2018

ATUAL DIRETOR GERAL DO DER-PR TAMBÉM É INVESTIGADO NA OPERAÇÃO INTEGREAÇÃO

Em requerimento enviado ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato em primeira instância, o Ministério Público Federal (MPF) apontou que o atual diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER-PR), Paulo Montes Luz, também é investigado na Operação Integração, 48ª fase da Lava Jato e que investiga irregularidades em concessões de rodovias federais administradas pela empresa Econorte.
Luz substitui Nelson Leal Júnior, preso temporariamente no âmbito da Operação, por, segundo as investigações, ter recebido propina empresa pertencente ao Grupo Triunfo, para aprovar aditivos que resultaram no aumento da tarifa de pedágio cobrada na rodovia que constitui o chamado Anel de Integração.
No documento, o MPF acrescenta que o atual diretor do DER/PR “tem envolvimento direto na elaboração dos aditivos contestados pelo Parquet, o que explica seu interesse pessoal em atacar as conclusões do MPF”. Quando tomou posse do cargo, no último dia 22 de fevereiro, Luz afirmou que a Operação era um “equívoco”, por ter incluído o órgão nas investigações, sendo que o Departamento teria acompanhado os dados para a elaboração do contratos de concessão.

“É importante destacar que, em um dos aditivos benéficos à Econorte, a AGEPAR chegou a questionar a escolha de Nelson Leal Jr. por um cenário de reajuste mediante degraus tarifários. A indagação do órgão de controle foi respondida por Paulo Montes Luz. Não se tem notícia de que a AGEPAR tenha acolhido justificativa, porém, sabe-se que o ajuste acabou assinado”, alega o MPF.
MPF busca prisão preventiva de diretor-afastado
O MPF se manifestou novamente pedindo a prisão preventiva de Nelson Leal Júnior. Na segunda-feira (26), a juíza federal substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, estendeu em cinco dias o prazo da prisão temporária dos investigados na Operação Integração, o que inclui o ex-diretor-geral do DER. Segundo o a promotoria do MPF, que tinha até a última quinta-feira (1º) para questionar a defesa, ter o ex-diretor em liberdade apresenta “risco à instrução criminal” pela proximidade com o atual comandante do Departamento, além do “risco de ocultação de valores e origem ilícita e destruição de provas”.
A defesa de Nelson Legal declarou que as investigações da Polícia Federal (PF) basearam-se apenas na situação patrimonial do investigado, e que teria faltado conhecimento técnico da força-tarefa para analisar os contratos do DER.
Com informações do Paraná Portal

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