O prefeito eleito de Osasco (SP), Rogério Lins (PTN), se entregou à polícia na manhã deste domingo. Alvo de um mandado de prisão preventiva na Operação Caça Fantasmas, Lins, que atualmente é vereador licenciado, era considerado foragido desde o dia 6 de dezembro. Hoje, ele desembarcou de Miami no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, de onde foi levado para o Centro de Detenção Provisória de Osasco. As informações foram divulgadas pela TV Globo.
Em um vídeo publicado nesta manhã em sua página no Facebook, Lins afirmou que estava voltando para o Brasil de “cabeça erguida”. “Não tenho dúvida que a verdade virá à tona e a nossa inocência será comprovada”, disse ele, completando que respeita muito a Justiça e o Ministério Público.
Conduzida pelo MP desde o ano passado, a operação Caça Fantasmas investiga um esquema fraudulento de funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Osasco, que teria movimentado cerca de 21 milhões de reais de 2009 até 2016. Há suspeitas de que os vereadores também captavam parte do salário de seus servidores.
A quinta fase da Operação, deflagrada no início de dezembro, cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão contra 14 vereadores de Osasco de 11 partidos diferentes. Na ocasião, mais de 200 pessoas foram afastadas de seus cargos cautelarmente pela Justiça, a pedido do Ministério Público.
O inquérito, que tem 117 volumes e foi iniciado em agosto de 2015, resultou em uma denúncia contra 217 pessoas, que foi desmembrada em 14 partes – uma para cada vereador. A apuração tem como base, entre outras provas, a delação premiada firmada — e homologada pela Justiça — com quatro agentes corruptos, que se comprometeram a devolver 200.000 reais aos cofres públicos.
Rogério Lins foi eleito prefeito neste ano com 61,21% dos votos, superando o atual prefeito, Jorge Lapas (PDT), no segundo turno.
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