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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

POLÍCIA CIVIL DO PARANÁ DEFLAGRA OPERAÇÃO QUADRO NEGRO

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Carro de luxo apreendido ontem em operação (foto: Foto: Divulgação)
A Polícia Civil do Paraná deflagrou ontem a segunda fase da operação Quadro Negro, que apura supostos desvios de recursos públicos por meio de contratos com empresas para obras em escolas da rede estadual. Ao todo, foram 11 mandados de busca em apreensão de bens avaliados em R$ 9 milhões, incluindo nove veículos de luxo – avaliados em R$ 3 milhões - que teriam sido obtidos pelos participantes do esquema, acusado de fraudar medições de obras em escolas. Entre os veículos que foi determinada a apreensão está um Porsche Cupê 911 turbo 2015 supostamente comprado por pouco mais de R$ 1 milhão.
As buscas foram feitas em quatro estados: Paraná, Santa Catarina, São Paulo e na Bahia. Mais de 20 policiais do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) cumpriram mandados de busca e apreensão em Curitiba, Balneário Camboriú (SC) e Salvador (BA), com o apoio das polícias daqueles estados. Não houve, nesta segunda fase, mandados de prisão.
O alvo da operação são os bens da empresa Valor Construtora e Serviços Ambientais – responsável por fraudes nas obras em escolas públicas – e de Eduardo Lopes de Souza, apontado como o verdadeiro dono da companhia. Ele é apontado como o chefe da organização criminosa suspeita de desviar quase R$ 20 milhões.
“A Polícia Civil mapeou o patrimônio dos envolvidos e solicitou ao Poder Judiciário o sequestro dos bens. Nosso Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil será acionado para auxiliar nas investigações para apurar suposto crime de lavagem de dinheiro”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita.
Entre os alvos da operação estão dois imóveis: um apartamento na cidade de Balneário Camboriú, na Avenida Atlântica, avaliado em mais de R$ 5 milhões, e um flat no município de Salvador. Além disso, a Justiça determinou a apreensão de nove veículos que teriam sido adquiridos com o dinheiro desviado das obras das escolas públicas. 
O delegado-titular do Nurce, Renato Basto Figueroa, explicou que o alvo desta segunda fase da operação é assegurar a devolução dos recursos públicos desviados em caso de condenação. “O objetivo bloquear o patrimônio dos integrantes da organização criminosa. Durante a investigação percebemos que algumas pessoas estavam dilapidando o patrimônio. Vários carros que hoje foram apreendidos foram repassados para terceiros”, explicou Figueroa. “Em depoimento, o sr. Eduardo Lopes Souza afirmou que recebia R$ 10 mil por mês como salário. Esta renda é completamente é incompatível com o patrimônio”, explicou.

Ainda de acordo com o delegado do Nurce, os imóveis estão bloqueados pela Justiça, não sendo possível fazer transferência. A pedido de Figueroa, a Justiça autorizou ainda a quebra do sigilo bancário e fiscal de 12 pessoas e de três empresas. Além de Eduardo Lopes Souza, os alvos são ex-servidores e engenheiros da Secretaria de Estado da Educação envolvidos no esquema criminoso e funcionários da Valor. tanpsite.com

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