Saiu a primeira condenação do auditor fiscal Luiz Antônio de Souza nos processos de exploração sexual. Ele foi condenado a quatro anos de prisão em regime semi-aberto por favorecimento à exploração sexual, mais um ano de detenção por porte ilegal de armas e multa de cinco salários mínimos. Essa condenação diz respeito ao caso em que Souza foi preso em flagrante, em 13 de janeiro, entrando num motel onde faria um programa sexual com uma adolescente.
Carla Sthepanie de Jesus, acusada de ser a agenciadora e irmã da vítima, também foi condenada por exploração sexual. Por conta da colaboração com as investigações, a condenação foi a dois anos de prisão (inicialmente em regime aberto) e a cinco dias-multa. A sentença pode ser substituída por prestação de serviço à comunidade. Na sentença, a Justiça proíbe a condenada de frequentar a residência da vítima e de “frequentar bares e estabelecimentos congêneres”.
A prisão de Souza, em janeiro, foi o estopim do que seria, dois meses depois, a deflagração da Operação Publicano, na qual o Gaeco de Londrina investiga a denúncia de que auditores fiscais, empresários e contadores teriam formado uma “organização criminosa” para facilitar a sonegação fiscal mediante o pagamento de propina. Em maio, diante da expectativa de uma pena que passaria de 60 anos de prisão, Souza fez um acordo de delação premiada para entregar outros auditores e empresários envolvidos nas irregularidades.
O advogado dele, Eduardo Duarte Ferreira, afirmou que a condenação “não muda nada” com relação ao que já estava previsto no acordo de delação premiada – Souza deve ficar um ano e meio preso em regime fechado e terá restrições de direitos até 2030. “A defesa entende justa a aplicação da pena, embora o caso fosse de absolvição. Mas pelo acordo de delação não posso recorrer”, afirmou. JL.
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