A arquidiocese de Goiânia anunciou a suspensão temporária do padre Robson de Oliveira de suas funções religiosas, após o pároco ser alvo de uma investigação pelo Ministério Público de Goiás por supostos desvios de doações de fiéis, que podem chegar a R$ 120 milhões. De acordo com a decisão, Oliveira não poderá "participar, realizar e protagonizar programas de televisão, rádio ou internet", além de celebrar missas e fazer absolvição de pecados. A medida será válida até janeiro de 2022.
O padre é investigado pela Operação Vendilhões, deflagrada na sexta-feira passada (21) por suposta apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal.
A ação apura o uso de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), entidade que recebe e administra os recursos recebidos em doação e a qual ele era presidente, para a compra de fazendas, casas de praia e outros imóveis de luxo. O MP afirma que eram usados "laranjas" e empresas de fachada para a prática dos crimes. O inquérito teve início em decorrência de um processo de extorsão sofrido pelo religioso.
De acordo com a justiça, um hacker extorquiu Oliveira para não expor o romance entre os dois. Em depoimento ao MP, o padre admitiu que fez os repasses aos chantagistas usando o dinheiro da Afipe para que o caso amoroso não viesse a público. A defesa do padre Robson, no entanto afirmou que "reforça que todo o conteúdo das mensagens é falso, o que comprova que ele foi alvo de criminosos de altíssima periculosidade".
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