O desembargador Miguel Kfouri Neto, do Tribunal de Justiça, negou o pedido da defesa do professor Laurindo Panucci Filho para transferência do julgamento da morte de Sérgio Ferreira, diretor da UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná) de Cornélio Procópio, para outra cidade. O crime aconteceu em 20 de dezembro de 2018. A Justiça decidiu que o réu vai a júri popular, ainda sem data para ser realizada.
De acordo com a Polícia Civil, Ferreira foi assassinado em uma das salas da universidade com golpes de uma machadinha. Após o homicídio, o acusado fugiu para o interior de São Paulo, onde foi preso. Em abril de 2019, quando interrogado no Fórum, Panucci Filho se arrependeu do que fez e disse que era amigo da vítima.
O advogado Diego Fiori, que defende o professor, relatou que os jurados "já teriam uma convicção formada, pedindo a condenação" do docente porque Ferreira era muito conhecido em Cornélio. Após sua morte, a UENP fez uma homenagem em uma cerimônia que reuniu cerca de 500 pessoas. Na ocasião, um monumento foi inaugurado em referência ao diretor. Segundo o defensor, a mudança do julgamento para outro município, no caso Londrina, onde o assassino está detido, "não causará qualquer dano à acusação".
Ao analisar a solicitação, o desembargador relatou que não há requisitos suficientes para autorizar a mudança. Sérgio Ferreira tinha 60 anos e trabalhava na instituição de ensino desde 1990. Foi coordenador e chefe do departamento de Administração e estava no segundo mandato na direção do campus de Cornélio Procópio. Laurindo Panucci Filho foi demitido do cargo que ocupava em março do ano passado. A exoneração foi assinada pelo governador Ratinho Jr.
Conteúdo Grupo Folha de Londrina – por Rafael Machado.
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