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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

JUSTIÇA CONDENOU A 72 ANOS E 5 MESES DE PRISÃO PADRASTO QUE ABUSOU DA ENTEADA DURANTE 9 ANOS

O Juízo da Vara Criminal de Paranacity (Noroeste) condenou a 72 anos e 5 meses de prisão um homem que abusou da enteada por cerca de nove anos – desde que a vítima tinha 10 anos até após ela completar 18 anos. A condenação saiu no último dia 17 de janeiro, e foi divulgada na terça-feira (22). A denúncia, apresentada pelo MP-PR (Ministério Público do Paraná), por meio da Promotoria de Justiça da comarca, incluiu diversos crimes cometidos pelo réu ao longo de anos: estupro de vulnerável, estupro de adolescente, posse não autorizada de armas de fogo e disparo de arma de fogo. 


Preso desde maio de 2018, o condenado não poderá recorrer em liberdade e também foi sentenciado a pagar indenização por danos morais, em favor da vítima, no valor de R$ 15 mil. 

De acordo com o promotor de Paranacity, Guilherme Franchi da Silva Santos, o caso começou em 9 de maio do ano passado, quando a vítima ainda era menor de idade. A escola em que ela estudava acionou o conselho tutelar, e a moça foi levada para ser ouvida na Polícia Civil. "Ela já era adolescente e, no primeiro momento, disse que os abusos aconteciam, mas 'só ocorriam passadas de mão'. Só que ela relevou que ele tinha armas em casa. Então, foi pleiteado pelo MP e Polícia Civil uma busca pela casa, e o acusado foi preso em flagrante pelas armas encontradas", afirma o promotor. A denúncia foi feita em uma quarta-feira, a busca foi pedida na quinta e a prisão dele ocorreu na sexta. 

"No entanto, sentimos que ela relatava, mas demonstrava um pouco de medo. Então, ela foi ouvida uma segunda vez, e contou que os abusos aconteciam há muitos anos, por quase 9 anos, e ficou mais abrangente para investigarmos. A garota contou que havia toda sorte de ato sexual, e o padrasto proferia ameaças contra ela, a mãe e o irmão", detalha o promotor. "Ela até chegou a esboçar a contar para mãe, mas o padrasto a interrompeu, apontando uma arma para ela, atirou contra a parede e a fez desmentir". 

Incentivo a outras vítimas 

O promotor ressalta que, de fevereiro a junho do ano passado, foram relatados seis casos novos de abusos sexuais na comarca de Paranacity, que abrange ainda os municípios de Jardim Olinda, Paranapoema, Inajá e Cruzeiro do Sul. "São cinco sentenças que estão para sair, inclusive a de um pai que engravidou a filha e há o teste de DNA para comprovar que o neto é também filho", relata. "À medida que as prisões foram ocorrendo, surgiram colegas, conhecidos das vítimas foram denunciar. Foi um efeito positivo, com uma proximidade temporal das denúncias. A ideia de dar publicidade para esta sentença é divulgar que as pessoas podem contar com o Ministério Público, Polícia Civil e Poder Judiciário. Além disso, que é importante denunciar, e que as vítimas se sintam seguras que vamos investigar as denúncias", finaliza.      
Com informações do MP-PR

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