.

.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

EX. GOVERNADOR BETO RICHA NEGA TER RELAÇÃO COM DESEMBARGADOR

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) negou nesta quarta-
feira (1º) ter relação com o desembargador Fernando Wowk 
Penteado, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), 
que retirou inquérito contra ele das mãos do juiz federal Sérgio
 Moro.
A filha do desembargador, Camila Witchmichen Penteado, filiada
 ao PSDB desde outubro de 2003, foi nomeada por Richa em 2017 
para cargo comissionado de assessora da governadoria, conforme 
o Portal da Transparência.
"As ilações são maldosas, tentando descontruir minha imagem. É 
uma irresponsabilidade inominável, não ajuda em nada a sociedade.
 É uma tentativa de desconstruir minha imagem". comentou o ex-
governador.
Ele afirma que só teve contato com Penteado uma vez. "Num evento
 público, eu apenas cumprimentei. Eu nunca pedi cargo para sua filha",
 afirmou Richa.
O ex-governador disse que, quanto a Camila, "talvez tenha cumpri-
mentado, mas não tenho relação alguma com ela".
Fernando Penteado também nega proximidade. Em nota, ele reforçou 
que a decisão ainda será apreciada por um colegiado e que apenas
 confirmou decisão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça.
"O fato de ser a minha filha detentora de função comissionada no 
quadro do Instituto Ambiental do Paraná, gerindo unidade de conservação 
ambiental, não origina suspeição ou impedimento legal. Trata-se de
 função técnica, exercida por profissional habilitada, advogada e 
professora, com especialização em direitos socioambientais, com 
mestrado na mesma área e doutoranda em ciências sociais 
aplicadas", disse o desembargador em nota.

Decisão

A decisão liminar do desembargador acata um pedido da defesa do
 ex-governador, que argumentou que a competência do inquérito é 
exclusivo da Justiça Eleitoral e que não há qualquer indício de prática
 de crime para que tramite na Justiça comum. Penteado foi escolhido
 por sorteio.
A investigação apura se Richa favoreceu a Odebrecht no processo 
de licitação da PR-323 em troca do pagamento de R$ 2,5 milhões, via
 caixa 2, para a campanha de 2014. Além disso, os advogados de Richa 
pediram que, caso se entenda que o caso deve permanecer na Justiça 
Comum, que seja retirado na 13ª Vara Federal de Curitiba, sob
 responsabilidade de Moro.
Penteado considerou que, com as investigações ainda em andamento, 
o estabelecimento da competência é provisório e determinou que 
continuem tramitando sob fiscalização da 177ª Zona Eleitoral de
 Curitiba.
O inquérito vai continuar sob sigilo, e a decisão liminar ainda precisa
 ser confirmada no TRE-PR.

Vai e vem do inquérito

Em abril, o STJ enviou para Moro a investigação sobre Beto Richa
 no caso Odebrecht. A decisão foi tomada porque RIcha renunciou 
ao cargo de governador para disputar as eleições e perdeu o foro
 privilegiado.
Após uma nova decisão do STJ, inquérito foi enviado por Moro à
devolvido a ele, para que a investigação de crimes de corrupção, 
lavagem de dinheiro e fraude à licitação continuassem.
 o inquérito para Sérgio Moro, por entender que "os delitos eleitorais
 e os de competência da Justiça Federal Comum são autônomos e 
podem ser apurados separadamente".
A defesa de Richa chegou a entrar com um recurso no STJ, alegando
 que a decisão do Tribunal para que o inquérito tramitasse na Justiça 
Eleitoral estava sendo descumprida. Esse recurso foi negado na 
última quinta-feira (26), e o mérito ainda deve ser analisado pelo 
ministro relator Og Fernandes.
Com um outro recurso, protocolado no TRE-PR, a defesa de Richa 
conseguiu a decisão provisória para que a investigação tramite na 
Justiça Eleitoral.  G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário