Um homem é suspeito de agredir a própria filha, de apenas 15 dias,
durante uma briga com a mãe da criança, em Maringá, no norte do
Paraná. Nesta terça-feira (28), a bebê seguia internada em estado
grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal de um hospital
da cidade. O pai da criança foi ouvido nesta terça pelo Núcleo de
Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima de Crimes (Nucria). O
caso aconteceu no dia 12 de agosto, mas a polícia só teve conhecimento
cinco dias depois, no dia 17. Também já foram ouvidos familiares dos
envolvidos e outras testemunhas. Segundo a delegada Karen
Friedrich Nascimento, responsável pelo caso, as investigações apontam
que o pai agrediu a criança com um golpe durante uma briga com a
mulher. A polícia pediu a prisão temporária do pai e medidas protetivas
de urgência, mas a Justiça concedeu apenas das medidas protetivas,
ainda conforme Nascimento. O advogado da mãe da criança,
Douglas Rocha, disse que não foi a primeira agressão sofrida pela
mulher. “Ela relatou para a gente que ele vinha agredindo ela desde
o início do casamento, há mais de cinco anos. Sempre foi uma pessoa
bem agressiva”, declarou. O advogado também disse que ela não
denunciou antes porque sofria ameaças. “[O suspeito] é uma
pessoa bem violenta, agredia ela constantemente, sempre com ameaças..
. ameaçando inclusive de morte. Por esse motivo que ela não fez a
denúncia anteriormente”, afirmou. Agora, o advogado disse que vai
aguardar o término do inquérito policial, “para averiguar a culpa dele
[do pai] e até que ponto ele assumiu o risco de até mesmo cometer
um homicídio contra essa criança, devido à violência da barbárie do
fato cometido”. Já o advogado do pai da criança não quis dar entrevista,
mas enviou uma nota esclarecendo que o cliente dele nega que tenha
agredido a esposa e a bebê de quinze dias naquela ocasião ou em
qualquer outra circunstância. Ele explicou que houve um desentendimento
familiar entre eles, mas apenas com empurra-empurra, sem agressão.
Ainda segundo o advogado, depois disso, o cliente levou a esposa
para o hospital porque havia um sangramento no corte da cesárea.
A criança, naquele momento, não apresentava nenhum sinal de lesão,
também de acordo com a nota. A defesa do pai afirmou que ele
continuou visitando a criança e, somente depois desse período, ficou
sabendo que era suspeito de agredir a esposa e a filha dele. O advogado
disse, ainda, que o cliente dele vai cumprir a medida protetiva e já foi
orientado para se afastar da família. G1
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