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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

PASTOR EVANGÉLICO DE 70 ANOS É ACUSADO DE ABUSAR DA PRÓPRIA NETA

Um pastor evangélico de 70 anos é acusado de abusar sexualmente de uma neta
 em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba.    Segundo a denúncia do 
Ministério Público do Paraná (MP-PR) e o relato da família, a vítima, que atualmente 
tem 16 anos, tinha 10 quando foi abusada pelo avô, José Heraldo Michaki.     
defesa de Michaki disse que não vai se manifestar sobre o caso.     Nas últimas 
semanas, segundo a Polícia Civil, outras duas jovens prestaram depoimento e
 denunciaram ter sido abusadas pelo pastor quando eram crianças. A polícia abriu 
novos inquéritos para investigar os casos.   A neta do pastor denunciou o caso em
 2017 quando contou à mãe. "Caiu o mundo da minha família", disse a mãe da
 adolescente. À época da denúncia, a menina, testemunhas e o pastor foram
 ouvidos.   A igreja onde o acusado atuava disse que ele era um pastor auxiliar e
 não o responsável. Ainda conforme a igreja, ele pediu afastamento das funções 
na comunidade, alegando motivos pessoais.   

Denúncia

Segundo a mãe, quando criança, a menina e o irmão mais velho 
ficavam na casa do pastor enquanto os pais participavam de compromissos 
em eventos da igreja. A mãe relata uma das noites em que a menina
 e o irmão estiveram na casa dos avós.   "Ela falou que ligou a televisão
 e foi assistir desenho, e ele estava no quarto, com a televisão ligada, 
assistindo ao mesmo desenho que ela, e chamou ela pra assistir com
 ele. Foi onde ela sentou, e ele começou o abuso, começou a beijar, 
tirar a roupa, essas coisas", diz.
A menina começou a apresentar mudanças de comportamento, 
segundo a mãe, e sinais que chamaram a atenção da família.    
Segundo a mãe, a menina chorava durante a noite, mas não dizia 
o que estava acontecendo. Preocupada, ela conta que levou a filha 
para atendimento psicológico.
"O médico sempre falava assim, talvez uma fase que ela está
 passando. Talvez é como vai ser o jeito dela, ela vai ser mais assim
 mesmo, de não muitas amizades", relembra.    No início de 2017,
 segundo a mãe, a adolescente contou que o pastor ameaçava 
prejudicar o irmão caso ela contasse algo sobre os abusos para a
 família, que procurou a delegacia.   "A partir do momento que a 
gente fez a denúncia, é como se, é um alivio (...) Vou conseguir
 evitar que mais alguém passe por isso. Porque se a minha filha 
não tivesse tido essa coragem, nunca ninguém ia fazer isso, e ele
 ia continuar fazendo", ressalta a mãe.   

Processo

O pastor responde como réu ao processo pelo crime de estupro 
de vulnerável, que é quando a vítima do abuso tem menos de 
14 anos, segundo o Ministério Público. O processo está em segredo
 de justiça.     Segundo a Polícia Civil, as outras jovens que fizeram
 denúncias relataram ter sido abusadas pelo pastor quando tinham
 quatro e oito anos. Elas afirmaram, segundo a polícia, que não 
haviam denunciado antes, pois tinham medo de que outras pessoas 
não acreditassem.   G1

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