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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

VÁRIOS NOMES DO GOVERNO DO PARANÁ CITADOS NA DELAÇÃO DO DONO DA EMPREITEIRA VALOR OPERAÇÃO QUADRO NEGRO

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), o secretário-chefe da Casa Civil, Valdir Rossini (PSDB), a vice-governadora do Paraná e esposa do ministro da Saúde, Cida Borguetti (PP), o deputado estadual Tiago Amaral (PPS), o presidente do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR), Durval Amaral, Marcelo Richa, que é secretário de Esportes da Prefeitura de Curitiba Pepe Richa, que é o atual secretário de Infraestrutura e Logística, Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa do Estado e Maurício Fanini, ex-diretor da secretaria de educação.
Os nomes foram todos citados na delação premiada de Eduardo Lopes de Souza, proprietário da construtora Valor e preso pela Operação Quadro Negro, que investiga desvios de cerca de R$ 20 milhões da Secretaria estadual de Educação do Paraná.
Beto RichaO empreiteiro, afirmou que parte dos desvios de dinheiro descobertos pela Quadro Negro serviriam para bancar as campanhas do governador. Segundo as investigações, a fraude contou com a ajuda do ex-diretor da Secretaria da Educação, Maurício Fanini. A equipe chefiada por ele era responsável por produzir relatórios sobre o andamento das obras contratadas junto à Valor.
As medições eram falsas porque não poderia faltar dinheiro para a campanha. De acordo com o empresário, ele e Fanini, esperavam levantar R$ 32 milhões para o governador, com os contratos que a Valor fechou com o poder público.
BanheiroSouza contou aos investigadores que, entre abril e setembro de 2014, ele fazia os repasses diretamente a Fanini, na sala dele, no prédio da Superintendência de Educação. O empresário contou que entrava por uma porta lateral e Fanini dizia “banheiro”. Então, o dono da Valor ia até o vaso sanitário e pegava uma mochila, que enchia de dinheiro. Em um determinado momento, Eduardo Souza conta na delação que passou a entregar o dinheiro com caixas de vinho. Ele diz que, das 12 garrafas, tirava 10 e preenchia o espaço aberto com o dinheiro.
No depoimento, Souza disse que começou a pagar uma mesada de R$ 100 mil para o governador. Segundo o delator, o ex-diretor da Secretaria afirmou que o dinheiro ajudaria a financiar a campanha de 2018 de Beto Richa ao Senado; do irmão dele, Pepe Richa, para deputado federal; e do filho do governador, Marcelo Richa, para deputado estadual.

O delator contou também que ficou acertado que ele deveria ajudar na campanha do deputado Ademar Traiano à reeleição. Ele se comprometeu a dar R$ 100 mil para o caixa dois. Por segurança, Eduardo Souza queria alguém no Tribunal de Contas, por isso procurou o conselheiro Durval Amaral e sugeriu oferecer ajuda financeira para a campanha do filho de Durval, Tiago Amaral (PSB), candidato ao cargo de deputado estadual.
Eduardo afirmou que combinou com uma pessoa ligada a Durval um pagamento de R$ 50 mil para o caixa dois da campanha do filho dele. O pagamento, foi feito a uma assessora no comitê de Tiago Amaral, que foi eleito em 2014.
Ricardo BarrosJá o ministro da Saúde, Ricardo Barros, foi citado em um dos depoimentos por participar de uma “venda” de cargo no governo do Paraná. No depoimento, Souza afirma que Barros participou de uma negociação de um cargo lotado no gabinete da vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti. O cargo teria sido prometido ao irmão de Cida, Juliano Borghetti, que já foi vereador em Curitiba. Ele poderia indicar alguém para essa função e em troca recebeu uma mesada de R$ 15 mil de Eduardo Lopes de Souza. Juliano chegou a ser preso pela Operação Quadro Negro em dezembro de 2015.
Oposição a Beto Richa na Câmara, o deputado Estadual Tadeu Veneri (PT) declarou surpresa com as declarações do delator. 
  O outro lado
Em notas divulgadas à imprensa, todos os envolvidos negam as acusações e disseram que vão aguardar o acesso à delação de Eduardo Lopes antes de um pronunciamento. Beto Richa classificou as declarações como “afirmações mentirosas de um criminoso que busca amenizar a sua pena”.
Com informações do Portal G1 e RPCTV

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