Mais de 20% dos brasileiros afirmam não usar cinto de segurança quando
sentam no banco da frente de carros, vans ou táxis, divulgou hoje (2) o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a
Pesquisa Nacional de Saúde, 79,4% da população sempre usa o equipamento
no banco da frente.
A região brasileira em que há mais registro do uso do cinto de
segurança no banco da frente é a Sudeste, onde o percentual de pessoas
que afirmam usar o equipamento é 86,5%, seguida pela Região Sul, com
86,2%. No Nordeste, o índice cai mais de 20 pontos percentuais, para
66%.
Se no banco da frente o cinto não é usado por um em cada cinco
brasileiros, no banco de trás, metade afirma deixar de lado o
equipamento. De acordo com a pesquisa, 50,2% declararam que sempre usam o
cinto no banco de trás.
O grupo mais jovem da pesquisa, de 18 a 29 anos, é o que menos
usa cinto no banco de trás, com 40,3%. O percentual sobe para 49,8% na
faixa etária de 30 a 39 anos. Entre 40 e 59 anos, chega a 54,3%, e
atinge 57,8% entre os maiores de 60 anos.
A pesquisa constatou que 54,9% da população que se declara
branca usa o cinto de segurança no banco de trás - quase 10 pontos
percentuais a mais que os pretos (45,8%) e pardos (45,9%).
A escolaridade da população tem influência no uso do cinto de
segurança no banco de trás de automóveis. Pessoas com ensino superior
completo tiveram o maior percentual, de 55,6%, enquanto, para o ensino
médio completo, a fatia dos que sempre usam o cinto chegou a 47,7%.
A pesquisa também aborda os cuidados com a segurança ao andar de
moto. Cerca de 83% dos brasileiros dizem usar capacete. Ainda segundo o
IBGE, 80,1% tomam essa precaução quando são passageiros – percentual
que sobe conforme a escolaridade, de 73,7% para os sem instrução e com
ensino fundamental incompleto para 90,1% no superior completo.
O total de pessoas que sofreu lesões corporais em acidentes de
trânsito nos doze meses anteriores à pesquisa chegou a 3,1% da população
brasileira. O percentual sobe para 4,5% quando analisados só os homens,
e é de 1,8% para mulheres.
Os mais jovens (18 a 29 anos) são os que mais se acidentaram, com 5,1%. Entre os maiores de 60 anos, o percentual chega a 1%.
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