Por meio da movimentação bancária, a Polícia Civil traçou a suposta
rota do pastor desaparecido há cinco dias. Edvaldo de Oliveira, que
foi visto pela última vez na sexta-feira (13), em Londrina, no norte
do Paraná, quando saiu de casa dizendo à família que iria pagar
contas no banco. No inquérito, foram anexadas imagens do
sistema de segurança de uma agência bancária de Londrina, na
Avenida Saul Elkind, que mostram o pastor, ainda na sexta.
“Identificamos a presença dele na cidade de Rolândia. Num local
onde ele pernoutou por dois dias. Realizou também transações
bancárias em uma agência daquele município”, informou o delegado
Tiago Vicentini, da Delegacia de Furtos e Roubos. De acordo com
a polícia, ele passou a noite de sexta e de sábado (14) no hotel. Imagens
do livro de registro do hotel comprovam a estadia, conforme as
investigações. No domingo (15) uma movimentação foi registrada
em Guaíra, no oeste do estado, quando ele comprou uma passagem
com destino a São Paulo (SP). A polícia afirma que, de acordo com
essas informações bancárias, Edvaldo está na capital paulista desde
segunda-feira (16). “Em São Paulo também efetuou transações bancárias,
utilizando desse cartão da sua conta pessoal”, afirmou Vicentini.
A polícia ainda espera novas informações, pedidas para um segundo
banco onde o pastor tem conta. Com a análise das movimentações
bancárias mais recentes, o delegado pretende identificar o local onde ele
está atualmente.
Continuidade das investigações
Com base nesses dados, a Polícia Civil determinou a transferência da
investigação do caso, que estava na Delegacia de Furtos e Roubos,
para a Delegacia de Estelionatos. “Não há qualquer indicativo de
que ele estava subjugado por alguém, ou seja, sendo extorquido ou
até mesmo sendo vítima de um roubo, com o intuito de se desfazer
dos valores e repassar a terceiros”, detalhou o delegado. Vicentini
disse, ainda, que as investigações apuraram que os dinheiros depo-
sitados na conta de Edvaldo são de dízimos ofertados na igreja onde
ele atua como pastor. “Então, se por ventura, é o Edvaldo mesmo
que está fazendo essas transações, ele está se locupletando de
maneira indevida, causando prejuízo a outras pessoas”, concluiu
Vicentini. G1
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