"É surpreendente a ousadia e a desenvoltura em mentir do contraventor Joesley Batista. Estive com ele uma única vez, em um grupo de brasileiros, numa viagem de trabalho em Pequim, ocasião em que me foi apresentado. E nunca mais nos encontramos. Seu juízo a meu respeito é o de quem quer prestar serviço e para tal, aparenta um relacionamento que nunca existiu", diz a nota de Moreira Franco, na íntegra.
Joesley destacou também que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT "institucionalizaram a corrupção no Brasil", modelo que "foi reproduzido por outros partidos".
De acordo com o dono da JBS, "o que houve no Brasil foi a proliferação de organizações criminosas", com a criação de núcleos, divisão de tarefas entre os integrantes, em Estados, ministérios, fundos de pensão, bancos, BNDES.
O advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou que Batista "foi incapaz de apontar qualquer ilegalidade cometida, conversada ou do conhecimento do ex-presidente".
"A entrevista de Joesley Batista tem de ser entendida no contexto de um empresário que negocia o mais generoso acordo de delação premiada da história. Mesmo nesse contexto, Batista foi incapaz de apontar qualquer ilegalidade cometida, conversada ou do conhecimento do ex-presidente Lula. Considerações genéricas e sem provas de delatores não podem ser consideradas como dignas de crédito e não têm qualquer valor jurídico", afirmou.
Agência Estado
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