O Ministério Público Federal (MPF) pediu o sequestro de dois imóveis
ligados a duas filhas do ex-ministro Antonio Palocci sob suspeita de
que as aquisições podem ser fruto do crime de lavagem de dinheiro.
Os procuradores apontam que Palocci fez doações que somam
quase R$ 3 milhões para uma filha, e quase R$ 1,5 milhão para a
outra, e que, com esses recursos, elas teriam comprado os imóveis.
O pedido foi feito pelo procurador regional da República Januário
Paludo no dia 12 de junho e até a manhã desta segunda-feira (19)
não tinha sido analisado pelo juiz Sérgio Moro.
Conforme Paludo, como Palocci é investigado em duas ações
penais da Lava Jato, é preciso bloquear os bens para eventuais
reparações.
"Dessa forma, Antonio Palocci, valendo-se dos recursos ilícitos que
transitaram por suas contas bancárias, adquiriu bens imóveis de
elevado valor em benefício de Carolina Palocci e Marina Watanabe,
o que pode, em tese, caracterizar o delito previsto no art. 1º da Lei
9.613/98", disse o procurador.
Atualmente, está detido na carceragem da Polícia Federal (PF),
em Curitiba. Ele foi denunciado uma vez por corrupção passiva e 19
vezes por lavagem de dinheiro.
e os outros réus respondem por crimes como corrupção passiva e
lavagem de dinheiro.
O ex-ministro é acusado de intermediar propinas pagas pela Odebrecht
ao Partido dos Trabalhadores (PT). Ex-executivos da empreiteira
afirmaram que o codinome "Italiano", que aparece em uma planilha
ao lado de valores, fazia referência a Palocci. Ele nega ser o "Italiano".
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