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quarta-feira, 3 de junho de 2015

TRIBUNAL DE JUSTIÇA MANTÉM ILEGALIDADE DA GREVE DOS PROFESSORES

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP/Sindicato) não conseguiu derrubar no Tribunal de Justiça (TJ) a ilegalidade da greve da categoria, que entrou hoje no 36º dia. Por unanimidade, a 5ª Câmara Cível manteve nessa terça-feira (2 de junho) a liminar conseguida pelo governo em abril, considerando a paralisação ilegal e estipulando a multa diária de R$ 40 mil em caso de desobediência. O relator é o desembargador Luiz Mateus de Lima.

Segundo a assessoria de imprensa do governo do Estado, durante a audiência, os cinco desembargadores já começaram a discutir a possibilidade de considerar a greve abusiva para ter sanções mais severas em caso de descumprimento. Ainda segundo a assessoria, as multas devidas estão na ordem de R$ 1,4 milhão.

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) solicitou semana passada, na Justiça, o bloqueio do dinheiro da APP/Sindicato para pagamento da multa. A medida ainda será avaliada pelos desembargadores.

A coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais (FES) e diretora da APP/Sindicato, Marlei Fernandes, informou que os grevistas vão recorrer da decisão do TJ em instâncias superiores e criticou a decisão, reforçando que a greve é legítima. "Infelizmente é mais uma afronta do Judiciário sobre a nossa greve. A paralisação é constitucional. Como é que pode o Judiciário considerar o contrário disso? Agora vamos sentar com o nosso jurídico novamente, colocar tudo isso na balança e analisar quais são os próximos procedimentos que vão ser tomados. A greve não vai acabar por conta de um procedimento do Judiciário", afirmou.

(colaborou Rubens Chueire Jr, da Folha de Londrina)

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