Os detentos da carceragem de Santo Antônio da Platina fizeram um agente carcerário de refém ontem à noite, atearam fogo em colchões e fizeram diversas exigências,a maioria melhorias na unidade.
A pedido das autoridades, a reportagem tirou as fotos sem flashes para não irritar ainda mais os presos.
O agente de carceragem vinculado à Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), Luiz Gustavo Wenceslau de Brito,foi rendido por presos que estão no sistema carcerário, cadeia pública, anexa à 38ª Delegacia Regional de Polícia de Santo Antônio da Platina. O fato ocorreu por volta das 21h30m desta quinta-feira.
Às 4h20m, a Juíza de Direito Diretora do Fórum “Desembargador Octávio do Amaral” de Santo Antônio da Platina, Maristela Andrade de Carvalho,informou ao npdiarioque cinco detentos, de reduzida periculosidade,serão liberados ainda hoje.A rebelião acabou.
A magistrada acrescentou que os rebelados destruíram a carceragem,mas não soube dar mais detalhes.
O Delegado de Polícia Civil na Secretaria de Segurança Pública (SSP) Tristão Antônio Borborema de Carvalho mais alguns investigadores da Civil insistiam em fortalecer um diálogo que proporcionasse o mais rápido possível a soltura do agente Brito, porém, os presos mantiveram-se por seis horas e meia resolutos em manter a ação. Tristão deve divulgar uma Nota ainda hoje. O único órgão de Imprensa que acompanhou o caso foi onpdiario.
Por volta das 22h30 os presos atearam fogo em colchões, panos e roupas mais surradas. Reclamavam da falta de limpeza e melhor estrutura para ficarem acomodados. Eles jogaram pedras nos policiais e danificaram o prédio da carceragem quebrando lajes e paredes deixando o sistema carcerário de Santo Antônio da Platina totalmente inadequado para seu destino.
Profissionais do Corpo de Bombeiros e o Samu(Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)trabalharam na unidade.
O comandante da Polícia Militar, tenente coronel Antônio Morais e a Rotam, estiveram presentes com aproximadamente 80 homens da corporação.
Cinco presos que já estavam para serem liberados devido ao término da pena insistiam em ser atendido pelo Judiciário,e foram atendidos. As cansativas negociações davam sinal de que não estaria sendo fácil chegar a um consenso com a juíza Maristela que anotava o nome de presos que já estavam para serem liberados. O promotor Leônidas Silva Neto também compareceu.
Tudo começou com um flagrante.Uma investigadora da Polícia Civil estava preenchendo os papéis e, o marido da acusadora sendo preso e conduzido pra uma cela devido a embriaguez. Em seguida outro flagrante foi o encaminhamento do cidadão para a carceragem por agressão. Foi quando o agente Brito foi agarrado por trás e pressionando a sua garganta possivelmente com um canivete o fizeram de refém. Três presos estavam já descendo uma rampa ao lado da Delegacia quando um investigador civil apontou a arma e voltaram para as celas, caso contrário, três fugas se concretizariam.
Atualmente estão presos 54 pessoas entre homens e mulheres na cadeia onde, em tese, caberiam 34.
Brito não chegou a ser levado ao pronto socorro e após a liberação foi direto para sua residência.
Nenhum preso fugiu e ninguém ficou ferido. npdiario.com
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