A médica dermatologista Mariana Magalhães Soares Ximenes (fotos), de Santo Antônio da Platina, dá dicas de cuidados com a pele em razão do uso intensivo e diário das máscaras de proteção contra a Covid-19.
De acordo com a profissional, aumentam as acnes e dermatites ( reações inflamatórias que ocorrem na pele devido à exposição a um componente que causa irritação ou alergia. Erupção cutânea, coceira, vermelhidão e descamação) pelo acúmulo de vapor, saliva e suor embaixo da máscara, uma vez que elas ampliam a umidade local. Como consequência há um desequilíbrio , fazendo com que a pele fique mais sensível e irritada, sobretudo quando entra em contato com determinados cosméticos.
A piora das “espinhas” está relacionada pelo tempo de uso, que leva a uma oclusão local, desequilíbrio da flora cutânea e alteração de umidade pilossebácea ( Relativo aos pelos e às glândulas sebáceas) com disfunção da microcirculação e obstrução dos poros, fatores que causam oleosidade. Além disso, a doutora lembra que pode se considerar também a acne mecânica, causada pelo atrito da máscara.
Entretanto, ela diz que não se deve esquecer que as causas da acne são várias e, fora a máscara (recomendação da Organização Mundial da Saúde, devido à pandemia) existem outros fatores, bem como genética, estresse e má alimentação.
Siga algumas sugestões :
- Sabonetes com PH ideal para o tipo de pele;
- tônicos adstringentes;
- Evite usar maquiagem no rosto;
- Se usar, retirar a maquiagem antes de dormir;
- ácidos adequados;
- hidratação da pele, mesmo que seja oleosa;
- Se não for profissional da saúde, dê preferência às máscaras de algodão.
- Evite tomar banho com água muito quente;
Mariana enfatiza que as acnes são tratáveis e o uso da máscara é essencial durante este momento pandêmico da Covid-19, pois ela pode evitar contaminação e transmissão da doença.
Estresse, sono desregulado e alteração de hábitos podem causar inflamações no rosto. “Maskne”, junção das palavras “máscara” e “acne”, pode até parecer só um termo inventado, mas o incômodo criado em muitas pessoas é real. Não é uma invenção. A máscara abafa o local, aumenta a temperatura e provoca maior sudorese e produção de sebo, entupindo os poros e gerando também acne mecânica, ou seja, causada pelo atrito da peça no rosto.
No caso de peles secas, o abafamento da máscara pode alterar o micro-bioma da pele (microrganismos protetores) e provocar irritação. A maskne é mais fácil de ser curada do que a acne comum porque não é determinada por predisposição genética ou fatores hormonais, não sendo necessária medicação. A pele fica mais oleosa e nasce espinha principalmente perto da boca.
O material da peça também influencia na gravidade da condição, sendo melhor máscaras feitas de algodão porque permitem que a pele “respire”. Ela deve ser trocada de duas a quatro horas ou quando ficar um pouco molhada, pois a umidade no tecido faz com que o vírus ‘grude’ e o mantém vivo por mais tempo.
O pano deve ser lavado com detergente neutro ou sabão de coco e ser bem enxuto para não dar alergias na pele. A dermatologista explica que a proteção não deve ficar apertada a ponto de machucar o rosto, mas ficar justa e cobrir queixo, boca e nariz por completo.
O que causa a Maskne? Quando você respira ou fala, sua máscara tende a reter muito ar quente. Além de irritante, esse ar cria um ambiente quente e úmido, fazendo com que as glândulas sebáceas aumentem a oleosidade da pele, justamente na região em que a máscara é utilizada. Ou seja, um cenário ideal para o aparecimento de acnes na região do queixo, mandíbula e toda região superior da maçã do rosto.
A profissional lembra que o diagnóstico médico correto é imprescindível para o tratamento certo. Fonte: npdiario.com.
A norte-pioneirense doutora Mariana é formada pela Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense), de Criciúma, Santa Catarina. Atende em sua sala,na Medclínica, centro de Santo Antônio da Platina, na avenida Oliveira Motta,1326.
Telefone (43) 3534-7404.
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