Fabrício Santos da Silva, apontado pela Justiça como membro de uma organização criminosa do Rio Grande do Sul, foi expulso pela polícia do Paraguai, nesta terça-feira (4), e entregue às autoridades brasileiras pela Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
O brasileiro, de 37 anos, foi levado para carceragem da Polícia Federal (PF). Conhecido como Nenê, Silva estava foragido desde 1º de junho, quando rompeu a tornozeleira eletrônica após receber liberdade provisória em razão da pandemia de coronavírus no fim de março.
Ele havia recebido o direito a prisão domiciliar por 90 dias porque a Justiça entendeu que ele era do grupo de risco de contaminação da Covid-19.
Prisão
O brasileiro foi preso nesta terça-feira, na mansão de um condomínio, na região mais cara de Hernandarias, no Paraguai, a cerca de 20 quilômetros da fronteira com o Brasil.
Conforme as autoridades, o foragido estava morando no condomínio com um homem e duas mulheres, que são cidadãos paraguaios.
A prisão foi realizada pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai, em conjunto com a Polícia Federal. A captura ocorreu a partir de informações de inteligência da PF, com base em acordo de Cooperação Policial Internacional.
Conforme a PF, com a expulsão e um novo mandado de prisão emitido pela Justiça brasileira, Silva deve voltar para um Presídio Central em Porto Alegre (RS).
Fabrício foi condenado a quase 70 anos de prisão por homicídios qualificados, tráfico de drogas e outros crimes. Ele é acusado de construir um túnel para fugir da Cadeia Pública de Porto Alegre. Em abril, o Ministério Público do RS pediu que a Justiça revertesse a prisão domiciliar de Fabrício por entender que se tratava de alguém de "extrema periculosidade".
Na liminar, o MP apontou que não foi apresentado atestado da situação de saúde do preso e que, mesmo fazendo parte do grupo de risco do coronavírus, ele não apresentou sintomas ou problemas de saúde.
O Tribunal de Justiça informou que a juíza da 1ª VEC, Sonáli da Cruz Zluhan, aceitou o pedido do MP. A magistrada disse que o preso ficou monitorado todo o tempo e, quando o Tribunal revogou a domiciliar, ele rompeu a tornozeleira e fugiu.
O TJ acrescentou que depois disso a advogada de Fabrício renunciou. A juíza não tem conhecimento de quem atua na defesa dele atualmente.
Fonte: G1 Paraná
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