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sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

PERÍODO DE F´[ERIAS AUMENTA MUITO ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS

As férias ao ar livre e em contato com a natureza podem ser divertidas, mas também podem se transformar um problema. É que e justamente nessa época do ano que os acidentes com animais peçonhentos, como escorpião, aranha e lagarta, aumentam.  
Os dados são comprovados com os registros de atendimentos no Centro de Informações e Assistência Toxicológicas (CIATox), do Hospital Universitário (HU). Só este ano, foram 1.599 casos de picadas e contato com esses animais, de janeiro até o começo de dezembro.
Dos casos atendidos este ano, 664 foram com aranhas, 468 com escorpiões, 135 com serpentes, outros 135 com lagartas e 197 com outros animais. Segundo Miriam Toffolo, destes acidentes, todos se recuperaram bem e não houve nenhum óbito.
Escorpião - Segundo Edmarlon Girotto, professor do Departamento de Ciências Farmacêuticas, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), a incidência de casos de picada do escorpião tem aumentado nos últimos anos. Um dos casos que chamou muito a atenção do professor, foi o atendimento a uma criança por volta dos 3 anos, da cidade de Sertanópolis. Ela havia sido picada por um escorpião e apresentava sintomas sistêmicos e respiratórios. A unidade de saúde entrou em contato com o CIATox e a orientação foi encaminhar a criança com urgência para o HU, para receber o soro antiescorpiônico, que contém anticorpos para combater o veneno.
"Quando tem acidente com escorpião o manejo precisa ser o mais rápido possível, não dá para esperar", afirma Edmarlon. O desfecho da história foi positivo, a criança recebeu os cuidados necessários e ficou bem. Porém, ela faz parte do grupo de risco quando a picada é por escorpião amarelo, que pode levar ao óbito crianças com menos de 7 anos. Este tipo é o mais perigoso porque o veneno pode provocar insuficiência cardiovascular e respiratória.
O escorpião tem hábitos noturnos, horário em que sai para se alimentar. Durante o dia, fica escondido em entulhos de construções, frestas das edificações e lixos acumulados. Edmarlon explica que ele é um animal difícil de eliminar fisicamente, porque tem a estrutura dura. A solução seria então a limpeza do ambiente para eliminar os insetos, que são a principal fonte de alimento. Para pessoas que possuem quintal ou moram na zona rural, ele também orienta a criação de pássaros e galinhas, que se alimentam do animal peçonhento.
Prevenção - No caso de aranhas, é possível eliminá-las com produtos químicos, como inseticidas. A espécie mais perigosa é a aranha marrom, que causa anemia, lesão renal e pode levar a óbito. Ela, entretanto, é um tipo não muito encontrado na região, porque prefere locais de clima mais ameno. As mais comuns em Londrina são a caranguejeira, que não é agressiva e causa apenas alergia se houver contato com a pele humana; e a armadeira, que é agressiva, e sua picada causa dor, mas raramente leva a problemas mais graves.
Outra incidência é de lagartas, como as taturanas, que causam incômodo local, dor e ardor, caso haja contato com a pele. O perigo é espécie a Lonomia obliqua, que fica camuflada nos tronco das árvores e causa risco de hemorragia.
Caso haja picada e contato com esses animais, Edmarlon Girotoo recomenda a limpeza do local e a procura imediata do serviço de saúde. Se possível, ele também orientar tirar foto ou capturar o animal para ser levado até o CIATox. "Isso ajuda bastante na conduta e identificação", afirma.
Plantas - A intoxicação com planta é mais comum em crianças que, por curiosidade, acabam colocando a folhagem na boca. A planta ingerida pode causar efeito de irritação, queimação, vômitos e inchaço. Também nestes casos, Edmarlon orienta leva-las até o serviço de saúde.
No site do CIATOX estão diversas dicas para identificar tipos de plantas que causam intoxicação. Algumas delas são: antúrio, comigo ninguém pode, copo de leite, coroa de cristo, mamona e até mesmo mandioca. Esta última contém ácido cianídrico, e quando mal cozida ou consumida crua, pode provocar uma intoxicação.
Para orientação e assistência nos mais diversos casos de intoxicação, o telefone de contato do CIATox é (43) 3371-2244.
(Com Agência UEL)

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