O sistema distrital misto, segundo Temer, conserva as características principais do modelo distrital, que ele já defendeu, em outras ocasiões, como deputado federal e jurista. A criação de distritos eleitorais evitaria, de acordo com ele, distorções como a eleição "indireta" de deputados que entram no Parlamento "carregados" por puxadores de votos - como ocorreu nos casos das eleições de Enéas Carneiro, em 2002, e Tiririca, em 2010, para a Câmara. "Para você ter uma conformidade constitucional, o voto majoritário, o distritão, seria o ideal."
Leniência
Questionado sobre a lentidão do fechamento de acordos de leniência com as empresas envolvidas na Lava Jato ou em escândalos semelhantes, Temer disse que diferentes órgãos - como Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas da União (TCU) e Advocacia-Geral da União (AGU) - façam uma "composição global" para que "todo mundo junto" examine os casos. O presidente concordou que há demora na assinatura dos acordos, o que pode prejudicar a retomada da economia e a geração de empregos.
Privatizações. Temer ainda defendeu, na entrevista, o pacote de privatizações anunciado na semana passada. "Contestações são naturais. Se o Parlamento recusar, recusado está. Mas lembro da PEC do Teto, da reforma trabalhista, (que também foram criticadas), foram aprovadas." O presidente afirmou que o calendário eleitoral não prejudica o cronograma de aprovação do pacote. "As pessoas perceberão que é para gerar empregos, não para prejudicar ninguém."
Agência Estado
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