Polícia Federal realiza nesta quarta-feira (19) uma operação para
apurar se
apurar se
houve fraude na aquisição de ações do Banco Panamericano pela
Caixa.
Caixa.
Segundo a corporação, a transação tem "potencialmente causado
expressivos prejuízos ao erário federal". O inquérito investiga se
houve
houve
gestão fraudulenta e prejuízo a correntistas e clientes.
Ao todo, são cumpridos 46 mandados de busca e apreensão,
expedidos
expedidos
pela 10ª Vara Federal de Brasília. As ações ocorrem de forma
simultânea
simultânea
em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Paraná, em Pernambuco,
Minas
Minas
Gerais e no Distrito Federal. Na capital federal, há buscas na
sede da
sede da
Caixa e no Banco Central.
A Justiça também determinou a indisponibilidade e bloqueio
de valores
de valores
de contas bancárias dos alvos. Ao todo, o montante congelado
chega
chega
a R$ 1,5 bilhão. O G1 aguarda posicionamento da Caixa e do
Banco
Banco
Panamericano.
De acordo com a PF, foram identificados três núcleos criminosos:
- o de agentes públicos: "responsáveis diretos pela
- ssinatura
- dos pareceres, contratos e demais documentos que
- culminaram
- com a compra e venda de ações do Banco
- Panamericano
- pela Caixa e com a posterior compra e venda de
- ações
- significativas do Banco Panamericano pelo Banco
- BTG
- Pactual S/A";
- o de consultorias: "contratadas para emitir
- pareceres a
- legitimar os negócios realizados";
- o de empresários: "conhecedores das situações
- de suas
- empresas e da necessidade de dar aparência de
- legitimidade
- aos negócios, contribuíram para os crimes em
- apuração".
Ainda segundo a corporação, os investigados devem responder
por gestão
por gestão
temerária ou fraudulenta. As penas para esses crimes podem
chegar a
chegar a
12 anos de reclusão.
Batizada de "Conclave", a operação remete ao ritual que ocorre
a portas
a portas
fechadas para escolher o Papa, maior representante da Igreja
Católica.
Católica.
Segundo a PF, neste caso investigado, as negociações entre
o Banco
o Banco
Panamericano e a Caixa também ocorreram de forma sigilosa.
Veja onde acontece a operação
- 30 mandados em São Paulo
- 6 no Rio de Janeiro
- 6 em Brasília
- 1 em Belo Horizonte
- 1 em Recife
- 2 em Londrina
Relembre
Em novembro de 2009, o banco Panamericano recebeu um
aporte
aporte
de R$ 2,5 bilhões, com recursos obtidos junto ao Fundo
Garantidor
Garantidor
de Créditos (FGC), tendo os bens do grupo Silvio Santos como
garantia,
garantia,
depois que o Banco Central identificou um rombo nas contas
da instituição.
da instituição.
O objetivo era reforçar o balanço do Panamericano e evitar
uma corrida
uma corrida
aos saques.
De acordo com a autoridade monetária, o Panamericano
mantinha em
mantinha em
seu balanço, como ativos, carteiras de crédito que já haviam
sido vendidas
sido vendidas
a outros bancos. Também houve duplicação de registros de
venda de
venda de
carteiras. Com isso, o resultado do banco era inflado.
A venda do Panamericano ocorreu em 2011. Venda foi
acertada com o
acertada com o
BTG Pactual, por R$ 450 milhões. Com o acordo, a instituição
passou a
passou a
deter 34,64% do Panamericano, com 51% das ações ordinárias –
o que
o que
garante o controle do banco – e 21,97% das preferenciais. Por
outro lado,
outro lado,
a Caixa manteve a participação de 36,56% no capital social
total do banco.
total do banco.
Especializado nos segmentos de leasing e financiamento de
automóveis,
automóveis,
o Panamericano teve 49% do capital votante e 35% do capital
total vendido
total vendido
para o banco estatal Caixa Econômica Federal em dezembro
de 2009,
de 2009,
por R$ 739,2 milhões. G1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário