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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

POLÍCIA AMBIENTAL DENUNCIA PERSEGUIÇÃO DE COMANDANTE


Comandante do 2º BPM, Antônio Carlos Morais é acusado de obstruir a ação da PA
Interferência da PM em operação ambiental em Carlópolis quase causa confronto entre as duas polícias

A interferência de quatro policiais militares, a mando do comandante do 2º BPM de Jacarezinho, tenente-coronel Antônio Carlos de Morais em uma operação de bloqueio de rodovia realizado no último dia 12 por uma equipe do 4º Pelotão Ambiental, com sede na mesma cidade, quase causa confronto entre os componentes das guarnições e revela um clima tenso entre os policiais ambientais, que acusam o comando de perseguição.
Por determinação do comando da Polícia Ambiental em Londrina, três integrantes do 4º Pelotão Ambiental (PA) de Jacarezinho, liderados pelo cabo Celso Justo, realizaram na tarde do dia 12, um bloqueio à rodovia PR-218, na divisa de Carlópolis (PR) com Fartura (SP), a fim de coibir pesca predatória no lago da represa de Xavantes.
Conforme relato do comandante de serviço ao seu superior em Londrina, por volta das 17h30, uma viatura da equipe Rotam Canil, do 2º BPM, com quatro policiais liderados pelo sargento Sidney dos Santos Lemes, abordou os integrantes da operação ambiental, assinalando que estava ali a mando do coronel Moraes, questionando a presença dos PAs, qual o motivo da operação ambiental e com autorização de quem o bloqueio rodoviário estava sendo realizado.
Diante de um clima tenso, Celso Justo diz ter dado as informações solicitadas, bem como, após seu retorno ao pelotão, encaminhou cópias de documentos atestando as informações solicitadas pelo sargento da PM.
Ao concluir o relatório, o cabo Celso Justo, em forma de desabafo, relatou ao seu comando em Londrina, que o caso de Carlópolis é apenas mais um fato que se soma a vários outros que caracterizam perseguição do comandante do 2º BPM, coronel Morais ao Pelotão Ambiental, “criando insegurança, mal estar, rixa, e outras mais, deixando as equipes de serviço deste PA bastante descontentes e sem motivação com o serviço a ser realizado”
Ao concluir cabo Justo assinala ainda que “tudo indica que estamos sendo monitorados 24 horas por dia pelo 2º BPM, indicando com isso caracterização de perseguição ao Pelotão Ambiental”.
A reportagem ouviu relatos de outros policiais ambientais, que pediram anonimato temendo perseguição. Um desses PAs disse que a convivência entre os membros da guarnição e o comandante do 2º BPM vem se deteriorando desde que Moraes assumiu o cargo. Segundo ele, o coronel teria tentado transferir a sede do Pelotão Ambiental para dentro do batalhão da PM, mas não obteve sucesso.

Independentes

No Paraná, a exemplo de outros estados da Federação, as polícias responsáveis pela atuação preventiva (PM), fiscalização rodoviária (PRE), fiscalização ambiental (PA) e Corpo de Bombeiros (CB), são todas abrigadas sob o termo “Polícia Militar”. Porém, atuam de forma independente, com comandos próprios, hierarquicamente subordinadas à Secretaria de Segurança Pública. Portanto, a interferência de um comando a outro, como vem sendo denunciado em Jacarezinho, pode ser classificado como grave infração.

Sem registros

Na ausência do tenente-coronel Antônio Carlos Morais, na tarde de ontem, 30, o capitão Robson Falk do 2º Batalhão da Policia Militar com sede em Jacarezinho, conversou com a reportagem e disse que desconhecia os fatos. Ele também pesquisou as ocorrências daquele dia e garantiu não haver nenhum registro sobre as supostas denúncias da Polícia Ambiental. tanosite.com

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