No ofício, a promotora determinou vistoria imediata do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) no endereço denunciado. Além disso, a Polícia Militar Ambiental deve ser acionada para confirmar a veracidade dos relatos de destruição, invasão e danificação da área de APP, assim como dos diversos crimes relatados. A porta-voz do órgão de segurança, soldado Camila Reina, informou que deve se pronunciar sobre o caso nesta quinta-feira (21).
Em entrevista ao Portal Bonde, um dos trabalhadores da fazenda, que preferiu não se identificar, detalhou como a ocupação inadequada começou. "Em 2005, os proprietários da fazenda foram notificados pela mesma promotoria a deixar a área porque se tratava de uma APP. Eles cumpriram a determinação, mas foram surpreendidos no ano passado, quando algumas pessoas vieram tirar o nosso sossego", comentou. De lá para cá, conforme o funcionário, os prejuízos aumentaram consideravelmente. "Queimaram a vegetação. Eles não têm nenhum cuidado com o meio ambiente", comentou.
Reprodução/WhatsApp Grupo Folha
O movimento começou depois que algumas pessoas descobriram a área para lazer. "Todo final de semana vinha alguém para pescar. Como o local é muito bonito, aproveitaram para montar os pequenos casebres. Eles chegam na sexta-feira e permanecem até domingo." As ameaças são constantes. "Já vieram com armas de fogo, intimidando todo mundo. A gente tem criança pequena e fica com receio da situação piorar. Precisamos de uma solução", disse o funcionário, agoniado. Além das queimadas, animais foram mortos, entre eles, dois macacos-prego, que foram amarrados e pendurados em uma cerca.
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Vários boletins de ocorrência foram registrados na Polícia Civil. A PM Ambiental, segundo o denunciante, já foi acionada para averiguar a informação. Os invasores chegaram a ser removidos pelos policiais em novembro do ano passado depois de uma operação em conjunto com o MP. Porém, o local foi ocupado novamente poucos dias depois. bonde.com
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