A balconista Rosalina Aparecida Duarte dos Santos, 44 anos, apresentou-se na Delegacia de Homicídios (DH) de Maringá na manhã desta segunda-feira (5) e confessou ter envenenado e matado a facadas o companheiro Admilson Cardoso, de 41 anos. O homicídio ocorreu na noite do último dia 31 de dezembro no Parque Itaipu, na zona sul de Maringá.
Rosalina chegou à DH por volta das 10h30 acompanhada de uma advogada criminalista. No interrogatório prestado à Polícia Civil, que durou mais de uma hora, ela contou que morava com a vítima - irmão do seu falecido esposo - há apenas 20 dias e durante esse período foi agredida fisicamente e verbalmente inúmeras vezes.
Na versão apresentada ao delegado titular da DH, a balconista descreveu Cardoso como um homem controlador e disse não ter denunciado o companheiro à polícia por violência doméstica por conta das frequentes ameaças sofridas.
Na véspera de Ano Novo, cansada das agressões, a mulher colocou chumbinho em uma garrafa de vinho, por volta das 16h, e deixou para Cardoso beber. Depois de ingerir a bebida envenenada, o homem começou a passar mal, apresentando um quadro de vômito, tontura e diarreia. Sob o efeito do veneno, a vítima teria ameaçado matar a companheira. Rosalina esperou Cardoso dormir e, por volta das 22h, desferiu quatro facadas em seu pescoço.
Depois de cometer o crime, a mulher saiu da cidade e entrou em contato com a advogada, que foi quem comunicou o crime no dia seguinte à polícia.
Após prestar interrogatório, Rosalina foi liberada, já que não tem antecedentes criminais, embora tenha sido indiciada por homicídio. O delegado de Homicídios, José Nunes Furtado, aguarda agora os laudos do Instituto Médico-Legal (IML) para confirmar a versão da suspeita do crime.
Ainda de acordo com a polícia, Cardoso era dono de uma extensa ficha criminal, com mais de 20 passagens, inclusive por homicídio e tentativa de homicídio. Haviam também oito mandados de prisão em abertos conta ele. npdiario.com
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