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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

JOVEM DE 21 ANOS ESQUIZOFRÊNICO RECEBERÁ ELETRODOS NO CÉREBRO

Um jovem de 21 anos de Londrina que arrancou o olho direito da própria mãe durante um surto de esquizofrenia em 2013 vai receber um implante de eletrodos cerebrais na região do hipotálamo para conter a agressividade e as convulsões decorrentes da epilepsia. No final de agosto, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) confirmou liminar determinando que o Sistema Único de Saúde (SUS) custeie o procedimento, já que essa é a única alternativa para tentar reinserir ele no ambiente familiar, segundo a equipe que o acompanha. 
Após o ataque, o paciente foi internado em uma clínica psiquiátrica. Conforme os autos, os remédios não fazem mais efeito, sendo necessária intervenção cirúrgica, inclusive para evitar a morte do jovem. Os eletrodos e um gerador são implantados na região do hipotálamo, provocando uma estimulação profunda do cérebro, que pode reduzir a frequência de convulsões em epiléticos. Há a suspeita de que a agressividade do homem seja resultado de danos provocados pelas crises. 

Em janeiro, a mãe entrou com o processo contra a União, o Estado do Paraná e a Prefeitura de Londrina requerendo que o SUS providenciasse o procedimento. A 3ª Vara Federal do município reconheceu a urgência do caso e concedeu a antecipação de tutela. De acordo com a decisão, os réus devem custear a cirurgia de forma solidária, sob pena de multa diária de R$ 100. A prefeitura recorreu ao tribunal argumentando "que não se pode impor a prestação de todo e qualquer serviço de saúde, pois seria uma invasão de competência do Judiciário no Executivo e de lesão à ordem pública". 
Na 3ª Turma, o relator do processo, desembargador federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira, negou o apelo e manteve a liminar. "Muito embora seja do Executivo e do Legislativo a atribuição de formular e implantar as políticas públicas na defesa da saúde da população, não pode o Judiciário, em nome do princípio da separação dos Poderes, se furtar das suas responsabilidades", afirmou. A Justiça Federal paranaense segue na análise do caso. bonde.com

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