O acidente fatal perto da Warta na PR-323 nesta semana reascendeu a preocupação sobre o uso do celular no trânsito. O aparelho foi encontrado ao lado da vítima. O hábito de falar ou mexer no telefone se tornou tão preocupante quanto o consumo de álcool na direção.
Basta olhar uma fila de carros parados no semáforo para ver que muitos motoristas têm um vício perigoso: usar o celular ao volante, comportamento que não tem nada de inofensivo. Em segundos, uma pessoa comum pode morrer ou matar.
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Nesta terça-feira uma mulher de 34 anos morreu na hora ao bater de frente com uma carreta, e de acordo com a polícia rodoviária ela estaria com o celular. Uma pesquisa do Ministério da Saúde apontou que cerca 19% dos condutores admitem usar o telefone no trânsito. Aqui em Londrina neste ano só até setembro foram 4.724 multas pelo uso do aparelho aplicadas pela CMTU. E em 2018 quase foram 6.399.
O uso do celular, que se tornou um vício, é considerado tão preocupante quanto o consumo de álcool. Enquanto uma pessoa bêbada perde os reflexos, alguém que usa o telefone percorre vários metros como se estivesse vendado.
Estudos indicam que em oito segundos, tempo médio para atender uma chamada, ou ver uma mensagem, o motorista dirige na cidade cerca de um quarteirão sem olhar para a frente. Este vício, de associar o celular a rotina do trânsito, influenciou até a produção na indústria automobilística. Antes tecnologias de segurança eram para carros de luxo. Hoje estão nas linhas populares.
E para se livrar de um vício, como mexer no celular em cada parada no semáforo, ou de dar aquela olhadinha quando chega uma mensagem, é preciso força de vontade.
(Reportagem: Heloisa Pedrosa)
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