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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

REBELIÃO NA DELEGACIA DE SANTO ANTONIO DA PLATINA DESTRÓI SETOR DE CARCERÁRIO

Dayse Miranda com Luiz Guilherme Bannwart
Quatro presos tentaram fugir da unidade durante o banho de sol, mas ação foi frustrada por investigadores da 38ª DRP (Antônio de Picolli)
Uma rebelião na tarde desta segunda-feira, 23, destruiu parcialmente o setor carcerário da 38ª Delegacia de Santo Antônio da Platina. O motim teve início por volta das 16h30, quando segundo a Polícia Civil, quatro presos que estavam no solário tentaram fugir. A ação, no entanto, foi frustrada por investigadores da DRP, o que revoltou os detentos que deram início ao tumulto, contido duas horas depois com a intervenção da tropa de choque do 2º Batalhão da Polícia Militar de Jacarezinho.

Durante a rebelião, os presos queimaram colchões no solário e no interior das celas de uma das alas. A PM e o Corpo de Bombeiros tentaram negociar o fim do motim com os detentos, porém, o acordo não avançou e os presos iniciaram a depredação da unidade.
Enquanto a rebelião seguia sem controle, do lado de fora da cadeia familiares dos presos buscavam informações. Algumas pessoas chegaram a invadir a área de isolamento demarcada pela PM e precisaram ser contidas pelos policiais, fato que também provocou um princípio de tumulto.
De acordo com o aspirante da PM, Luiz Augusto Dias, que coordenou as ações na parte externa da delegacia, após uma hora de negociações sem sucesso pelo fim da rebelião, as equipes da Rotam foram ordenadas a entrar na unidade para controlar a crise. Os presos, no entanto, não obedeceram à ordem de rendição e avançaram contra as equipes, que revidaram com tiros de balas de borracha e bombas de efeito moral.
Os detentos foram contidos e levados ao solário, onde as equipes fizeram a contagem e confirmaram que nenhum preso havia fugido. Policiais da Rotam Canil revistaram as celas a procura de armas e drogas, porém, nenhum balanço foi divulgado pela PM até esta publicação.
O comandante do Corpo de Bombeiros de Santo Antônio da Platina tenente Jeferson Gregório informou que não houve registro de presos com ferimentos graves, apenas escoriações. “As equipes entraram na unidade para conter pequenos focos de incêndio e depois foram dispensadas pela Polícia Militar”, disse o oficial.
A Polícia Civil informou que a Cadeia Pública de Santo Antônio da Platina mantem atualmente 63 detentos em um espaço com capacidade para receber 32 presos. Com a destruição parcial da unidade, mais da metade dos detentos terão que ser transferidos para outras cadeias do Estado.
O Departamento de Execução Penal (Depen) deve apresentar um balanço sobre as condições da unidade nesta terça-feira, 24. tanosite.com

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