A organização criminosa que desviou R$ 18 milhões de um
convênio com o Ministério do Trabalho buscou apoio e incentivo do
ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência,
Gilberto Carvalho, para tentar obter aditamentos e novos
repasses de verbas para o Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat),
ONG que teria se transformado no reduto da quadrilha.
convênio com o Ministério do Trabalho buscou apoio e incentivo do
ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência,
Gilberto Carvalho, para tentar obter aditamentos e novos
repasses de verbas para o Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat),
ONG que teria se transformado no reduto da quadrilha.
Relatório da Operação Pronto Emprego, da Polícia Federal,
deflagrada dia 3 em São Paulo,
revela que o ministro era tratado pela quadrilha como seu "interlocutor"
na pasta do Trabalho.
Interceptações telefônicas mostram que, em maio,
o grupo estava preocupado com perda de espaço no
ministério e com uma divisão na cúpula da pasta.
"Gilberto Carvalho irá resolver isso", diz Jorgette Maria Oliveira,
presidente da ONG,
em ligação gravada.
deflagrada dia 3 em São Paulo,
revela que o ministro era tratado pela quadrilha como seu "interlocutor"
na pasta do Trabalho.
Interceptações telefônicas mostram que, em maio,
o grupo estava preocupado com perda de espaço no
ministério e com uma divisão na cúpula da pasta.
"Gilberto Carvalho irá resolver isso", diz Jorgette Maria Oliveira,
presidente da ONG,
em ligação gravada.
Carvalho recebeu em seu gabinete muitas vezes padre Lício de Araújo Vale,
a quem a PF atribui papel destacado na quadrilha,
"articulador dos constantes aditamentos irregulares
junto ao Ministério do Trabalho".
a quem a PF atribui papel destacado na quadrilha,
"articulador dos constantes aditamentos irregulares
junto ao Ministério do Trabalho".
Outros dois personagens centrais da trama foram
recebidos por Carvalho -
Jorgette e o advogado Alessandro Rodrigues Vieira,
diretor jurídico da ONG.
recebidos por Carvalho -
Jorgette e o advogado Alessandro Rodrigues Vieira,
diretor jurídico da ONG.
O relatório da PF - 192 páginas com fotos, organogramas
e planilhas da evolução patrimonial dos investigados -
descreve os movimentos da organização e o assédio
sobre o ministro.
"É bastante comum a dupla (Vieira e Padre Lício) ir a Brasília
para tratar da renovação junto a funcionários
de alto escalão do Ministério do Trabalho e
da Secretaria-Geral da Presidência da República",
diz o documento, à página 82.
e planilhas da evolução patrimonial dos investigados -
descreve os movimentos da organização e o assédio
sobre o ministro.
"É bastante comum a dupla (Vieira e Padre Lício) ir a Brasília
para tratar da renovação junto a funcionários
de alto escalão do Ministério do Trabalho e
da Secretaria-Geral da Presidência da República",
diz o documento, à página 82.
A ONG foi criada pela Arquidiocese de São Paulo, em 2002. Depois,
desvinculou-se da Cúria e virou Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público para capacitação de trabalhadores. Em 2008,
firmou convênio com o Ministério do Trabalho.
desvinculou-se da Cúria e virou Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público para capacitação de trabalhadores. Em 2008,
firmou convênio com o Ministério do Trabalho.
O escoadouro do dinheiro público, diz a PF, se deu por meio de aditamentos.
Nessa fase a organização pediu colaboração
de Carvalho e corrompeu assessores do Trabalho -
Gleide Santos Costa, da Secretaria de Políticas Públicas do ministério,
foi preso em flagrante com R$ 30 mil que recebera de Jorgette.
Nessa fase a organização pediu colaboração
de Carvalho e corrompeu assessores do Trabalho -
Gleide Santos Costa, da Secretaria de Políticas Públicas do ministério,
foi preso em flagrante com R$ 30 mil que recebera de Jorgette.
Grampo de 20 de maio, 11h43, pegou Jorgette e Gleide.
Ela diz que irá a uma reunião no gabinete de Carvalho.
Às 12h42, Jorgette conversa com Alessandro Vieira.
Ele conta que se encontrou com o secretário executivo do Trabalho,
Paulo Roberto dos Santos - que caiu na Operação Esopo -,
e que este pediu a Gleide que providenciasse a renovação do
convênio. Vieira diz que
"seria melhor ganhar a simpatia do ministro Manoel Dias (Trabalho)
por intermédio de Gilberto Carvalho".
Ela diz que irá a uma reunião no gabinete de Carvalho.
Às 12h42, Jorgette conversa com Alessandro Vieira.
Ele conta que se encontrou com o secretário executivo do Trabalho,
Paulo Roberto dos Santos - que caiu na Operação Esopo -,
e que este pediu a Gleide que providenciasse a renovação do
convênio. Vieira diz que
"seria melhor ganhar a simpatia do ministro Manoel Dias (Trabalho)
por intermédio de Gilberto Carvalho".
Vieira diz que Paulo Roberto seria "o gatilho do ex-ministro
Carlos Lupi dentro do Ministério do Trabalho".
A PF diz que padre Lício é "sacerdote e empresário, sócio do
Centro Brasil do Trabalho,
que não existe de fato, e recebeu R$ 1,26 milhão do Ceat,
recursos desviados por meio de prestação de serviços fictícios".
Carlos Lupi dentro do Ministério do Trabalho".
A PF diz que padre Lício é "sacerdote e empresário, sócio do
Centro Brasil do Trabalho,
que não existe de fato, e recebeu R$ 1,26 milhão do Ceat,
recursos desviados por meio de prestação de serviços fictícios".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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