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terça-feira, 14 de junho de 2011

SERÁ SEPULTADO NESTA MANHA CORPO DO EXECUTIVO DA LORENZETTI

Corpo de executivo da Lorenzetti será enterrado nesta manhã

  O corpo do empresário Antônio Bertolucci, de 68 anos, presidente do Conselho Administrativo da Lorenzetti, é velado no Cemitério do Morumby, na Vila Andrade, zona sul de São Paulo. O enterro está marcado para o mesmo local, às 11h.

Bertolucci, que toda manhã andava de bicicleta pela região de Pinheiros, na zona oeste da capital, foi atropelado e morto por um ônibus fretado na manhã de ontem na avenida Paulo VI. A vítima ainda foi encaminhada ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu.

A Polícia Civil de São Paulo afirmou que, inicialmente, trata o atropelamento como uma “fatalidade”. Segundo a delegada Lilian Martins da Silva, plantonista do 14º Distrito Policial (Pinheiros), o motorista do ônibus que atingiu o empresário, José Carlos Pereira de Souza, não apresentava sinais de embriaguez e possuía todos os documentos em dia. “De acordo com todas as informações que temos até agora, tudo indica que tenha sido um acidente, uma fatalidade”, disse.

Protesto

Após uma convocação via internet, cerca de 60 cicloativistas e simpatizantes compareceram à praça Caetano Fraccaroli, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, por volta de 19h desta segunda-feira (13) para fazer um ato de homenagem ao “tio Antonello”, como era conhecido entre os ciclistas o acionista da Lorenzetti.

Em um poste de luz, uma coroa de flores estava posicionada diante de cerca de uma dezenas de velas acesas em lembrança ao empresário. Vários cartazes confeccionados pelos manifestantes exibiam frases de protesto como “chega de violência” e “continuamos invisíveis”.

Um dos organizadores do ato, o ciclista Felipe Aragonez, presidente da entidade Ciclo Br, afirmou que tinha contato com Bertolucci e que ele era conhecido “há mais de 20 anos” por circular pela cidade de bicicleta.

O cicloativista disse ainda que já fez viagens de bicicleta com o empresário e que, com a experiência que tinha nos pedais, a vítima dificilmente teria caído sozinha antes de ser atropelada. Aragonez reclamou das polícias municipais para o transportes em duas rodas e afirmou que, mesmo que o ciclista estivesse fora de faixas especiais, caberia ao motorista do ônibus ter desviado.

“Ele [o motorista] tinha que estar prestando atenção, vendo tudo. Poderia ser uma criança que tivesse correndo dos braços da mãe para a rua ou um ciclista: os motoristas sempre tem que estar atentos”.

Apresentando-se como bicicleteiro do empresário da Lorenzetti, Edson Soares de Souza esteve no ato em homenagem a Bertolucci e afirmou que, na manhã de hoje, o ciclista esteve em sua bicicletaria. “Como fazia há anos, todos os dias, ele passou lá por volta de 7h40, sentou, leu o jornal e disse que iria tomar um café na padaria.”

Segundo ele, o engenheiro estava “muito empolgado” e contando detalhes de sua recente viagem ao Rio de Janeiro. Souza afirmou que Bertolucci não se acidentava com frequência. Entretanto, ele lembrou que há “dois ou três meses” Bertolucci apareceu na bicicletaria após ter caído sozinho na avenida Alfonso Bovero.
*Com informações da Agência Estado

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