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quarta-feira, 14 de junho de 2017

ACUSADO DE TRÊS MORTES GURDA MUNICIPAL NÃO APRESENTA SINAIS DE DOENÇA MENTAL

O guarda municipal Ricardo Leandro Felippe, acusado de matar três pessoas e deixar outras três feridas no mês de abril em Londrina, não apresenta sinais de doença mental. Esta é a conclusão do exame realizado por uma médica do Complexo Médico-Penal (CMP). o resultado foi confirmado pela promotora de Justiça Susana de Lacerda, na tarde desta terça-feira (13). 

O laudo do exame foi registrado em 2 de junho, após o guarda ter passado aproximadamente um mês no CMP, localizado em Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba). "O examinado Ricardo Leandro Felippe no momento não apresenta sinais de doença mental. Trata-se de indivíduo com traços dissociais que no momento é plenamente capaz de entender seus atos e responsabilizar-se por eles", diz o documento. 

Para o advogado de Ricardo Felippe, Luca Carrer, a declaração é preliminar e alega que o guarda tem transtornos psicológicos. "Ao mesmo tempo que a declaração cita que ele não apresenta sinais de doença mental, cita também que há a existência de tratos dissociais, que para a defesa podem ser entendidos como transtorno de personalidade. Isso dá margens para outras interpretações.

O advogado da defesa acrescentou que solicitou à Justiça a instauração de um incidente de insanidade mental, "para que seja realizado um estudo mais aprofundado sobre a capacidade do Ricardo no dia dos crimes." 

A promotora Susana de Lacerda, no entanto, afirmou que a juíza já indeferiu a solicitação da instauração de um incidente de insanidade mental. "Para o Ministério Público, o laudo é o suficiente." 

O crime 

Duas pessoas foram assassinadas e outras três ficaram feridas pelo guarda municipal Ricardo Leandro Felippe, no dia 3 de abril, em Londrina. Os crimes aconteceram em momentos diferentes. Uma terceira pessoa morreu posteriormente, após internamento hospitalar. 

No período da tarde de 3 de abril, o guarda matou Ana Regina do Nascimento Ferreira, 34 anos, sócia de uma ex-namorada, na Rua Santiago, no Jardim Guanabara, zona sul da cidade. Foram três disparos de pistola, conforme a perícia do Instituto de Criminalística de Londrina (ICL). (O vídeo abaixo mostra o momento em que o guarda invadiu o local onde cometeu o primeiro homicídio.)  O guarda fugiu com o carro da primeira vítima, um Ônix de cor branca, rumo à Avenida Higienópolis. Depois, ele teria deixado o veículo no Jardim Shangri-lá, na zona oeste, e roubado um Honda Fit, que deixou posteriormente no Jardim Leonor, onde atirou contra quatro pessoas da família de outra ex-namorada. O filho dela, de 17 anos, morreu no local. O pai dela, Valdir Siena, de 58 anos, morreu após uma semana do crime, no Hospital Evangélico de Londrina. 

O guarda foi preso um dia após os crimes, em Maracaí, no interior de São Paulo. 

Ricardo Felippe foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), nos dias 24 e 27 de abril, por 12 fatos criminosos. Na ocasião, o delegado de Homicídios de Londrina, Manoel Pelisson, concluiu que o que motivou o guarda a cometer os crimes foi saber de denúncias de agressão formalizadas pelas duas ex-namoradas.   Fernanda Circhia - Redação Bonde

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