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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

QUEM SÃO OS CRIMINOSOS QUE PRATICAM GOLPES NA REDE SOCIAL

Com a onda crescente de golpes aplicados através de plataformas virtuais, questiona-se: quem são os criminosos que praticam esse tipo de crime? Existe um perfil?  Segundo o delegado Edgard Soriani, responsável pelo 1º Distrito Policial de Londrina, que investiga crimes de estelionato, os golpes aplicados geralmente vêm de dentro de presídios.

"Essas quadrilhas são do Mato Grosso, de São Paulo e do Rio de Janeiro, nenhuma é do Paraná", esclarece. Além disso, geralmente as contas bancárias usadas para os golpes são de outros estados, de titularidade de laranjas, esposas, companheiras e parentes dos criminosos, o que dificulta a investigação, pois o crime é de competência estadual.

O delegado ainda indica que uma boa parte desses estelionatos têm sido praticados dentro de uma penitenciária de Cuiabá (MT), que tem problemas de superlotação, contando com aproximadamente 2 mil presos. Soriani relatou que, há poucos meses, uma tentativa de revista nas celas da unidade ocasionou um princípio de rebelião.   O fato de o golpe ser aplicado atravessando mais de um estado é o principal fator que dificulta a investigação. Como aponta o delegado, após abrir o inquérito em Londrina, ele envia uma precatória para outro estado, determinando que a pessoa que recebeu o dinheiro seja ouvida. Até ela ser encontrada, passam-se de 6 a 8 meses. "A investigação fica quebrada e de difícil solução”, afirma.

Por isso, o delegado defende que, nesses tipos de estelionato, que atravessam mais de um estado, a sistemática da investigação seja alterada, enviando-se o inquérito para outro estado depois das partes serem ouvidas em Londrina.

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