O laudo do Instituo Médico Legal (IML) aponta que Eduarda Shigematsu, de 11 anos, morreu por asfixia mecânica, ou seja, esganadura. Alguém teria enforcado a menina com as próprias mãos causando a morte. O principal suspeito é o próprio pai da jovem, Ricardo Seidi, que trabalha como consultor de vendas
Câmeras de segurança mostram os passos do pai
Câmaras de segurança, mostram os passos do pai
A garota estava desaparecida desde quarta-feira (24), após sair da escola onde estudava. O corpo dela foi encontrado neste domingo (28) enterrado aos fundos de uma casa na rua Manoel Carreira Bernardino, no centro de Rolândia. O imóvel que estaria disponível para alugar pertence ao pai de Eduarda. Ninguém mora no imóvel.
Imagens de câmeras de segurança, divulgadas pela Polícia Civil, mostram os passos de Seidi no dia que o crime teria ocorrido. O primeiro equipamento mostra a casa onde ela teria falecido, em que morava com o pai e avó paterna. É possível ver o momento em que ela chega da escola, às 11h52.
Seidi disse em depoimento que teria chegado em casa e encontrado a filha morta, alegando que ela teria cometido suicídio com uma corda. Ele levou o corpo até a outra residência, que fica aproximadamente a dois quilômetros, e enterrou. Imagens mostram ele chegando e estacionando de ré, às 13h26. Seidi permaneceu no local por cerca de 20 minutos.
Depoimento
Em depoimento a autoridade policial, Seidi negou que tenha cometido o crime, entretanto confessou que enterrou o corpo. Em sua versão, relatou que chegou em casa e encontrou a filha morta enforcada. Existe há suspeita de que a avó paterna da vítima sabia que o corpo da garota havia sido ocultado pelo pai, o que também está sendo investigado. O homem foi preso e encaminhado à Casa de Custódia de Londrina.
“Ele disse que no dia dos fatos estava na residência e encontrou ela enforcada com uma corda no quarto. Ao deparar com a filha morta, se desespera, amarra o corpo, coloca em um veículo e leva até o local. Ele fala que já tinha um buraco por causa de uma fossa, coloca a criança lá dentro e fecha o cimento”, disse o delegado Ricardo Jorge, responsável pelo caso
Corpo amarrado
O delegado afirma que a forma em que o cadáver foi enterrado causou espanto em toda a equipe. “Estava amarrada, mãos e pés, com uma corda no pescoço, com um saco lixo e uma camiseta na cabeça. Ele admite que colocou o saco e a camiseta por não conseguir olhar para o corpo da filha e amarrou os pés e mãos com a corda que ela teria se enforcado”, disse.
Pediu ajuda nas redes sociais
O homem chegou a postar na semana passada pedido de ajuda para encontrar a filha. Um Boletim de Ocorrência de desaparecimento foi registrado pela avó paterna, que é guardiã da criança. O corpo de Eduarda Shigematsu foi enterrado na manhã desta segunda-feira (29) no cemitério central de Rolândia.
Carros roubados encontrados na Chácara de Ricardo Seidi.
A Polícia Civil encontrou diversos carros roubados em uma chácara que pertence a Ricardo Seidi, que enterrou o corpo da filha de 11 anos, em Rolândia. A propriedade fica na estrada do Ingazinho, na zona rural do município.
Os policiais foram até o local para encontrar alguma pista sobre o caso de Eduarda Shigematsu e se depararam com os veículos. Ainda não há informações de quantos carros com alerta de roubo estavam na chácara. Foram encontradas peças de diversos modelos de veículos.
Existe a suspeita que Seidi utilizava o local para desmanche de carros e venderia as peças para ferros-velhos, o que será apurado. O gol de cor preta que ele utilizou para transportar o corpo da filha da casa onde moravam para a residência onde foi enterrado, ainda não foi encontrado pela Polícia Civil. O homem está preso na Casa de Custódia de Londrina.
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