Um empresário de aproximadamente 45 anos foi preso na manhã desta segunda-feira (9) na Rodoviária de Londrina acusado de importunação sexual contra uma universitária dentro de um ônibus interestadual. A mulher entrou no coletivo em uma cidade do interior de São Paulo e o homem iniciou a viagem em uma das paradas. Ela afirma que no meio da madrugada acordou com as mãos dele no meio de suas pernas.
A delegada Livia Pini, responsável pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), estava de plantão na Central de Flagrantes e atendeu o caso. "Na madrugada ela acordou com o passageiro ao seu lado com a mão dentro de suas pernas. Ela foi questionada e foi bastante enfática em dizer que ele estava com a mão realmente entre as suas pernas e que não teria como ser algo involuntário durante o sono", afirmou.
Quando acordou e percebeu o ato, a vítima questionou o indivíduo e determinou que ele fosse para outra poltrona. Uma testemunha que ainda será ouvida pela Polícia Civil teria visualizado a ação criminosa. A mulher estuda em uma universidade de Londrina e rapidamente acionou o motorista, que manteve os passageiros dentro do coletivo e chamou a polícia.
O empresário foi preso em flagrante e seguirá detido até análise judicial. O crime de importunação sexual tem pena máxima de cinco anos e não conta com fiança. Com os documentos de São Paulo, foi possível verificar que o homem não tem passagens pela polícia no Paraná, mas ainda será realizado um levantamento nos outros estados do Brasil.
A delegada relatou que a mulher ficou abalada e chegou chorar no final do procedimento. "Mulheres que estiveram na faculdade e tem colegas que já passaram por essa situação, em ônibus interestadual em que homem acorda com a mão na perna, infelizmente é algo muito comum. É importante que ficamos atentos dentro do ônibus", alertou Livia Pini.
Mesmo sem depoimento de uma testemunha, nestes casos o relato da vítima é tratado como prova para a prisão imediata. "A jurisprudência é bastante firme nesse sentido, em que crimes onde não temos testemunhas, que são normalmente cometidos as escondidas, a palavra da vítima é algo muito forte. É um elemento de prova a ser considerado", explicou a delegada.
(Colaborou Silvano Brito)
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