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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

EX. CHEFE DE GABINETE DO GOVERNO BETO RICHA É CONDENADO A DEZ ANOS E CINCO MESES DE PRISÃO

O juiz federal substituto da 23.ª Vara Federal de Curitiba Paulo Sérgio Ribeiro decidiu que foi comprovado o pagamento de propina pela Odebrecht que favoreceu integrantes do governo de Beto Richa. Na sentença, o juiz julgou parcialmente procedente as acusações feitas pela força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná em 2018.
O ex-chefe de gabinete de Beto Richa, Deonilson Roldo, foi condenado à pena de 10 anos e 5 meses de regime inicial fechado pela prática dos crimes de corrupção passiva e fraude à licitação, além de pagamento de multa.
Já o empresário Jorge Theodócio Atherino, operador financeiro do grupo político que comandava o estado do Paraná, também foi condenado pela prática do crime de corrupção passiva. O juiz aplicou para Atherino a pena de 4 anos, 9 meses e 15 dias, para cumprimento em regime inicial semiaberto, além de pagamento de multa. Ambos foram absolvidos das imputações do crime de lavagem de dinheiro.    Ainda foram condenados executivos e funcionários do Grupo Odebrecht, denunciados pelo MPF/PR e considerando a colaboração no caso. As partes foram intimadas da sentença, quando poderão apresentar recursos.
O ex-governador é réu em outra ação penal, que ainda está em tramitação.
Relembre: a gravação que abriu a Operação Piloto e condenou Deonilson      Já era madrugada do dia 11 de maio de 2018 quando se descobriu a existência da gravação de uma conversa que Deonilson Roldo, então chefe de Gabinete do governador Beto Richa, tivera pouco antes do carnaval daquele ano com o executivo Pedro Rache, representante do grupo Bertin, interessado em participar da licitação da PR-323 – uma obra rodoviária de R$ 7 bilhões e que daria ao vencedor um contrato para pedagiar a estrada de 220 quilômetros por 30 anos.
Deonilson não sabia que Rache guardava no bolso um celular para gravar toda a conversa e nele ficaram registradas insinuações do influente assessor de Richa de que o governo já tinha firmado compromisso com a Odebrecht. Em troca para sair da concorrência, oferecia-lhe possíveis vantagens num negócio na Copel.
A gravação comprometedora foi parar nas mãos da Lava Jato, entregue pelo empresário Tony Garcia, que firmara acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. E foi esta fita o estopim para que se descobrisse todo o resto e mais um pouco. E que culminou nesta quarta-feira (22) com a sentença da 23.ª Vara Federal de Deonilson Roldo e do operador Theodócio Atherino.      

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