Dirceu, na noite desta quinta-feira (16). O juiz federal Luiz Antonio
Bonat informou que Dirceu tem até as 16h desta sexta-feira (17)
para se entregar à Polícia Federal (PF), em Curitiba. o advogado dele,
Roberto Podval, disse que o ex-ministro vai se entregar.
A determinação foi feita após o Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF-4) negar um recurso da defesa, que pedia pres-
crição da pena de 8 anos e 10 meses na segunda condenação
dele na Lava Jato.
Após a decisão, que foi unânime, foi solicitado "imediato ofício
para início do cumprimento da pena ao juízo de primeiro grau",
em Curitiba, no Paraná, que executa as prisões.
O ex-ministro ficou preso no Paraná entre agosto de 2015 e maio
de 2017. Na ocasião, ele obteve também no STF um habeas
corpus para aguardar o julgamento dos recursos em liberdade,
mas com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Em maio de 2018, após esgotados os recursos no TRF-4 sobre
sua primeira condenação na Lava Jato, ele foi preso novamente.
No fim de junho, porém, a Segunda Turma do Supremo Tribunal
Federal (STF) decidiu manter o réu solto até que os recursos
dele sejam julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Condenações
na diretoria de Serviços da Petrobras. O ex-ministro teve a
pena aumentada de 20 anos e 10 meses para 30 anos e 9
meses no TRF-4 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
organização criminosa.
O valor de corrupção envolvido nestes atos foi estimado em R$
60 milhões, e cerca de R$ 65 milhões foram lavados.
turado da Petrobras com a empresa Apolo Tubulars, fornece-
dora de tubos para a estatal, entre 2009 e 2012.
Parte dos valores, que chegaram a R$ 7.147.425,70, foram
repassados ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque e ao grupo
político que o sustentava, dirigido por José Dirceu, segundo as
investigações.
Para disfarçar o caminho do dinheiro, Dirceu e outro réu, Luiz
Eduardo de Oliveira e Silva, teriam usado a empresa Credencial
para receber valor de cerca de R$ 700 mil, tendo o restante sido
usado em despesas com o uso de aeronaves em mais de 100 voos
feitos pelo ex-ministro.
Apenas o ex-ministro teria recebido aproximadamente R$ 2,1
milhões em propinas provenientes de contrato da estatal com a
empresa.
Andamento do processo
- Pena estipulada na primeira instância, no Paraná, havia sido
- de 11 anos e 3 meses;
- Na apelação, a 8ª Turma do TRF-4 decidiu reduzir o tempo para
- 8 anos e 10 meses, por maioria;
- Um dos desembargadores, Victor dos Santos Laus, proferiu
- um tempo menor de prisão e a defesa entrou com recurso de
- embargos infringentes, na 4ª Seção do tribunal;
- Primeiro julgamento na 4ª Seção negou o pedido para reduzir
- a pena;
- Dirceu também tentou anulação ou a reforma da sentença em
- recurso na 8ª Turma, o que foi negado. G1
.
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