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sexta-feira, 17 de maio de 2019

JUSTIÇA DETERMINA NOVAMENTE A PRISÃO DO EX. MINISTRO JOSÉ DIRCEU

A Justiça do Paraná mandou prender novamente o ex-ministro José
 Dirceu, na noite desta quinta-feira (16). O juiz federal Luiz Antonio 
Bonat informou que Dirceu tem até as 16h desta sexta-feira (17) 
para se entregar à Polícia Federal (PF), em Curitiba.  o advogado dele,
 Roberto Podval, disse que o ex-ministro vai se entregar.
A determinação foi feita após o Tribunal Regional Federal da 4ª
crição da pena de 8 anos e 10 meses na segunda condenação 
dele na Lava Jato.
Após a decisão, que foi unânime, foi solicitado "imediato ofício
 para início do cumprimento da pena ao juízo de primeiro grau", 
em Curitiba, no Paraná, que executa as prisões.
O ex-ministro ficou preso no Paraná entre agosto de 2015 e maio
 de 2017. Na ocasião, ele obteve também no STF um habeas 
corpus para aguardar o julgamento dos recursos em liberdade, 
mas com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Em maio de 2018, após esgotados os recursos no TRF-4 sobre 
sua primeira condenação na Lava Jato, ele foi preso novamente. 
No fim de junho, porém, a Segunda Turma do Supremo Tribunal 
Federal (STF) decidiu manter o réu solto até que os recursos
 dele sejam julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Condenações

 pena aumentada de 20 anos e 10 meses para 30 anos e 9
 meses no TRF-4 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e 
organização criminosa.
O valor de corrupção envolvido nestes atos foi estimado em R$ 
60 milhões, e cerca de R$ 65 milhões foram lavados.
turado da Petrobras com a empresa Apolo Tubulars, fornece-
dora de tubos para a estatal, entre 2009 e 2012.
Parte dos valores, que chegaram a R$ 7.147.425,70, foram 
repassados ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque e ao grupo
 político que o sustentava, dirigido por José Dirceu, segundo as 
investigações.
Para disfarçar o caminho do dinheiro, Dirceu e outro réu, Luiz 
Eduardo de Oliveira e Silva, teriam usado a empresa Credencial 
para receber valor de cerca de R$ 700 mil, tendo o restante sido 
usado em despesas com o uso de aeronaves em mais de 100 voos
 feitos pelo ex-ministro.
Apenas o ex-ministro teria recebido aproximadamente R$ 2,1 
milhões em propinas provenientes de contrato da estatal com a 
empresa.

Andamento do processo

  • Pena estipulada na primeira instância, no Paraná, havia sido
  •  de 11 anos e 3 meses;
  • Na apelação, a 8ª Turma do TRF-4 decidiu reduzir o tempo para
  •  8 anos e 10 meses, por maioria;
  • Um dos desembargadores, Victor dos Santos Laus, proferiu 
  • um tempo menor de prisão e a defesa entrou com recurso de
  •  embargos infringentes, na 4ª Seção do tribunal;
  • Primeiro julgamento na 4ª Seção negou o pedido para reduzir
  •  a pena;
  • Dirceu também tentou anulação ou a reforma da sentença em 
  • recurso na 8ª Turma, o que foi negado. G1
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