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sexta-feira, 6 de novembro de 2020
GÁS DE COZINHA TEM NOVO AUMENTO É O 9º EM 2020
O GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), popular gás de cozinha, está mais caro. O reajuste de 5% no valor cobrado das distribuidoras foi anunciado pela Petrobras na quarta-feira (4).
Segundo representantes do Sinegás (Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo), este é o 13º reajuste em 2020 pela Petrobras e o nono aumento consecutivo do preço do gás de cozinha.
A última alta foi de 5% há menos de 30 dias. No ano, o preço do GLP subiu mais de 40%. “Não é novidade para o revendedor de GLP receber reajustes constantes, entretanto, jamais poderíamos esperar que a Petrobras faria tantos aumentos consecutivos no preço do gás de cozinha, ainda mais em meio a uma pandemia nacional”, reclama o sindicato.
Já o sindicato das distribuidoras, o Sindigás, lembra que o impacto do reajuste ao consumidor depende da área de distribuição e dos custos de cada empresa.
“Pegamos [o botijão] da distribuidora para revender. Então, essas empresas já repassam para a gente com valor maior, com certeza já reajustado. O consumidor sofre e a nossa revenda, que é de pequeno porte, também passa por dificuldades. Nos últimos meses, sofremos quase 40% de aumento e não estamos conseguindo repassar aos clientes porque, se isso acontecesse, o valor do botijão [de 13 quilos] para o consumidor poderia estar beirando os R$ 100”, comenta a proprietária de uma revendedora de gás em Cascavel, que pediu para não ter o nome divulgado.
Por meio de nota, a Petrobras informou que os vários ajustes ocorridos neste ano ocorreram de acordo com parâmetros negociados em contrato e que levam em consideração as variações da cotação do petróleo tipo Brent, referência no mercado internacional.
Outro motivo, apontado pela empresa, é a alta do dólar. “A alta anunciada nesta quarta-feira foi de 26% em dólar para cada milhão de BTU [a unidade internacional do gás] em relação ao preço do gás de agosto de 2020. Quando medido em reais por metro cúbico, o reajuste é de 33%. Apesar do aumento neste trimestre, os preços acumulam uma redução de 38% em US$/MMBtu e de 13% em R$/m3 desde dezembro de 2019”, informou a estatal.
Já com relação ao impacto que os reajustes terão no bolso do consumidor, a Petrobras informa apenas que desde novembro de 2019 igualou os preços do gás de cozinha aos do gás usado pela indústria e pelo comércio.
As distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, com as revendas, são responsáveis pelos preços aos revendedores e que chegam ao consumidor final.
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